Mais uma apropriação irregular do patrimônio do Jockey Club
A atual presidência repete a prática que se tornou comum entre os clubes desta capital.
Foi anunciado recentemente mais uma apropriação do patrimônio dos sócios do Jockey Club do Piauí. Não bastasse a calorosa disputa judicial que tenta barrar a venda irregular da sede do clube, construção de uma nova sede e ausência de prestação de contas pelos “gestores”, agora mais uma novidade: sócios proprietários ou não, que estejam inadimplentes a mais de 05 (cinco) anos perderão suas ações (quota-parte) junto ao clube.
Tal situação, apesar de absurda, não causa qualquer espanto aos já molestados sócios joqueianos. A atual presidência repete a prática que se tornou comum entre os clubes desta capital e pela segunda vez é presidido pela mesma pessoa. Não, essa prática não é mera coincidência, já que o atual presidente do clube foi mesmo que presidiu a assembleia onde foi “votada” e “aprovada” a venda do clube, tendo esta última ocorrido por “aclamação” dos sócios votantes.
Fica fácil, depois de todos os acontecimentos envolvendo o Jockey Clube do Piauí, para que o presidente tome, sem possibilitar qualquer meio de defesa aos sócios, as quotas destes, assim como tem feito com o resto do patrimônio do clube.
O que causa maior espanto não é a prática que, como já dito, se tornou comum, mas a submissão do próprio judiciário piauiense se mostra inerte a práticas ilegais como esta, apresentado soluções somente quando não mais se há patrimônio, sócios ou bens a serem protegidos. No Piauí, você até ganha, mas não leva.
O caso Jockey Club se tornou emblemático por serem claras e mesmo públicas as ilegalidades praticadas pelos seus gestores e cuja contribuição do Poder Judiciário é bastante relevante. Mais uma vez um clube que faz parte do patrimônio cultural teresinense está sendo dilapidado, surrupiado, destruído e o Poder Judiciário continua dormindo sob o manto da morosidade.
Hoje, os sócios questionam onde está a prestação de contas, onde está o dinheiro da venda do clube, seus rendimentos e onde foram parar os dividendos das vendas, já que nenhum sócio foi convocado para receber a parte que lhe seria cabível.
Pois é, parece, mais uma vez que a comunidade joqueiana vai ficar chupando o dedo.