terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sílvio Mendes é contra aliança PSDB/ PT e afirma que atual cenário político é "esquisito"


Sílvio Mendes é contra aliança PSDB/ PT e afirma que atual cenário político é "esquisito"

O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, já tem um posicionamento sobre uma provável coligação PT-PSDB nas eleições 2016 da capital: é totalmente contra. Segundo o tucano, a parceria administrativa é correta, mas a aproximação partidária visando um pleito eleitoral seria incoerente.
Fotos: Wílson Filho
“Confesso que não tem meu aval. Eu não me sentiria confortável. Mas eu não faço parte do processo. O cidadão acharia no mínimo esquisito. Não seria coerente”, disse ao portal.
“A aproximação administrativa é correta, deve ser assim. As diferenças partidárias não devem ser colocadas acima do interesse público. Agora, aproximação político-partidária eu discordo”, acrescenta.
Sílvio Mendes alega que seu partido possui percepções e práticas diferentes das usadas pelo PT, por isso a recusa para uma aliança em 2016. “Nós temos lados diferentes, percepções diferentes, práticas diferentes, principalmente em nível nacional. No Piauí não pode ser diferente. Nós temos uma linha, praticas diferentes do que está aí”, frisa o ex-prefeito.
Para o tucano, o momento não é para falar em política e sim em soluções para a crise que atravessam os estados e municípios brasileiros. “É muito cedo. A eleição é só no ano que vem. É um ano de muita dificuldade dos municípios, dos estados, mais ainda o país, que enfrenta dificuldades em todos os campos: político, econômico, social, ético, principalmente. É momento de muito cuidado, equilíbrio e bom senso para saber para onde se navega, para onde os ventos estão levando ou se precisa trocar as velas”, analisa.
Sofre seu futuro político, Sílvio Mendes afirma que não há planos em mente para retorno à política como aconteceu em 2010, quando foi candidato a governador, e no ano passado, ao se lançar candidato a vice-governador na chapa do então governador Zé Filho (PMDB).
“A minha decisão era de não retornar mais quando eu me ofereci lá em 2010. Minha posição era de cuidar da minha vida, da minha família, da minha vida profissional, quis as circunstâncias que eu voltasse em 2014, mas eu não tenho nenhum planejamento ou plano de voltar. O quadro político está muito esquisito. Não vou dizer que é toda uma conjuntura política, mas as notícias que nos chegam são assustadoras. Dá até medo de você participar de um processo desses depois de tanta loucura que a gente vê e acompanha através da imprensa”, ressalta.
Segundo o ex-prefeito, o momento é de reflexão e busca por saída para o país e o Piauí enfrentar as dificuldades. “O momento é de reflexão. É com muito cuidado encontrar uma saída, já que o país não merece isso. Não vai ser um governo que vai destruir o interesse de 200 milhões de pessoas. O Piauí, por ser um Estado dependente do governo federal e Teresina por ser uma cidade que vive no fio da navalha, mas do que nunca precisam ter muito cuidado”, enfatiza, destacando a necessidade de levar ao conhecimento da população, a real situação do país.
“Precisa ter muito zelo com a coisa pública, eleger prioridades, levar ao conhecimento da população para que ela saiba o que está acontecendo. Afinal, foi ela que elegeu seus governantes. Isso, sem manipulação, contar como as coisas realmente estão”, finalizou.

fonte cidadeverde.com