Juiz nega prisão de casal suspeito de estuprar menina de 12 anos
Conforme relatos da menina, casal lhe dava dinheiro para que ela mantivesse relações sexuais. Numa das ocasiões a mulher chegou a segurar a adolescente à força para o marido estuprá-la.
A Polícia Civil solicitou a prisão de um casal suspeito de estuprar uma adolescente de apenas 12 anos, no município de Piripiri, situado a 165 km de Teresina. O casal mora num povoado de Piripiri, enquanto a menor reside com a família no município de Brasileira, que fica a poucos quilômetros de distância.
O pedido de prisão, no entanto, foi negado pela Justiça, e agora o caso só não será arquivado se o Ministério Público prosseguir com a investigação.
De acordo com a delegada Lucivânia Vidal, os suspeitos ofereciam dinheiro à adolescente para que ela mantivesse relações sexuais com eles. Conforme relatos da própria menina, ela teria ido a três encontros com o casal, sempre na residência dos suspeitos.
O crime foi descoberto pela família da vítima no início de maio, depois que a adolescente relatou o que acontecia a um amigo, e este, por sua vez, contou para a mãe da menina.
A mãe denunciou o casal ao Conselho Tutelar de Brasileira, que levou o caso ao conhecimento da Polícia Civil.
"A família está muito revoltada. Esse casal tinha a confiança da vítima e da sua família. A mulher era quem ligava para a criança e marcava os encontros, para satisfazer as lascívias do casal", afirma a delegada Lucivânia.
Em depoimento à delegada, a menina disse que em um dos encontros a mulher a segurou à força para que o marido a estuprasse. "E mesmo que não tivesse segurado, manter relação sexual com menor de 14 anos é estupro presumível em qualquer circunstância", acrescenta Lucivânia.
Para indeferir o pedido de prisão, o juiz disse considerar que não há provas suficientes. A delegada, contudo, afirma que, além dos relatos da vítima, também foram acrescentados no inquérito policial depoimentos de testemunhas e o resultado de um exame que comprovou o estupro de vulnerável.
"Agora vai depender do MP, que também tem interesse na solução desse caso, que repercutiu muito na região. A população da localidade ficou muito revoltada com a situação", conclui a delegada.