quarta-feira, 5 de julho de 2017

MPF mira Agespisa sobre captação de água em barragens

MPF mira Agespisa sobre captação de água em barragens

Procuradoria recomenda adoção de medidas para regulamentação administrativa em açudes

A Procuradoria da República no Município de Picos recomendou à AGESPISA, na pessoa de seu Diretor-Presidente, que promova no prazo máximo de 60 dias, todos os atos necessários para a regularização administrativa da captação de recursos hídricos nas barragens de Barreiras e Piaus e à ANA- Agência Nacional de Águas, na pessoa de seu Diretor-Presidente, que, esgotado o prazo, promova as medidas fiscalizatórias e de responsabilidades pertinentes.
De acordo com Recomendação nº 4/2017 do procurador da República Lucas Daniel Chaves de Freitas, que tem como base o Inquérito Civil nº 1.27.001.000052/2016-42, foram relatadas algumas irregularidades na Administração dos açudes piauienses de administração federal pelo DNOCS- Departamento Nacional de Obras conta as Secas como o de Barreiras (Fronteiras/PI), Bocaina (Bocaina/PI), Cajazeiras (Pio IX/PI) e Piaus (São Julião/PI).
- Barragem de Piaus. Foto: Francisco de Assis Sousabarragemdepiaus.png
O inquérito analisou três questões: captação irregular de águas; realização de levantamentos batimétricos nos açudes e obras de revitalização. Após o fornecimento de informações foi constatado que: I) Captação de Recursos Hídricos: registra-se no momento, entre grandes captadores, apenas a AGESPISA, que atualmente retira água dos açudes Barreiras e Piaus, sem a respectiva outorga; II) Batimetrias: foram realizadas em todos os açudes, exceto o Piaus, por ser de recente construção (menos de 5 anos). Dos Resultados revela-se a preservação da capacidade de armazenamento, com efeitos reduzidos de assoreamento; III) Revitalização: há plano elaborado, aguardando descentralização de recursos, que por ora foi apenas parcialmente realizada.
O procurador da República Lucas Chaves, ressalta que a recomendação não esgota a atuação do MPF sobre o tema, não excluindo futuras recomendações ou outras iniciativas em relação aos agentes citados ou outros, bem como em relação aos entes públicos com responsabilidade e competência no objeto.
A recomendação, fixou o prazo de 30 dias para que a AGESPISA e a ANA se manifestem quanto ao acatamento dos termos do documento e comprovem a tomada das medidas necessárias.
A medida faz parte de um conjunto de ações tomadas pela PRM a fim de monitorar a situação hidrológica da região e garantir a boa gestão das águas federais no semiárido piauiense.

Fonte: 180graus.com/com informações AsCom/MPF