Sem reforma política, Marcelo Castro diz que Brasil viverá caos: “está uma bagunça”
O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) fez um alerta neste domingo (3) sobre a reforma política. Se não houver entendimento no Congresso Nacional e o projeto não avançar, nada mudará no Brasil e o país entrará em caos. “Está tudo descoordenado, está uma bagunça muito grande”, disse ao participar de ato com o ex-presidente Lula em Teresina na noite deste sábado.
Para o parlamentar piauiense, está se tentando fazer um último acordo com o partidos. “Está se fazendo uma última tentativa para partidos como o PT. Se houver esse acordo, teremos alguma chance, se não houver não teremos nenhuma chance e ficará como está e um caos para o Brasil com um prejuízo muito grande, infelizmente”, declarou.
Segundo Marcelo Castro, as discussões em Brasília estão “despedaçadas e cada um por si”. “Não tem consenso de nada, nem dentro dos partidos. Não tem coordenação, não tem nada. Está muito difícil”, desabafou.
O Congresso tem até o dia 6 de outubro deste ano para votar a reforma política e as alterações passarem a valer nas eleições 2018. O principal entrave é a mudança no sistema eleitoral, onde o “distritão” é discutido como opção. Já a proposta que acaba com as coligações partidárias e cria uma cláusula de barreira tem maior adesão entre os partidos, ponto que deve ser votado já nesta semana.
Lula no Piauí
Aliado fiel do ex-presidente Lula, Marcelo Castro acompanhou os principais eventos com o petista no Piauí. No sábado, durante jantar na APCEF, disse que Lula foi um dos maiores presidentes que o Brasil já teve em toda a sua história. “Ele teve uma aprovação que nenhum presidente da República alcançou, então, ele saiu da presidência nos braços do povo. No meu modesto julgamento foi merecido, já que foi um governo de prosperidade, desenvolvimento, mas, sobretudo, de bem estar social. Foi à época que o Brasil mais se desenvolveu do ponto de vista social. Foi um período que o país se projetou internacionalmente. Quando Lula anda hoje pelo Nordeste e a forma como é recebido é um reconhecimento”, avalia.
Presidente do PMDB no Piauí, sigla adversária do PT em nível nacional, Castro disse que sua participação nos eventos com Lula mostra uma aliança “explicita e inquestionável” no Piauí. “Se tiver um negócio difícil no PMDB chama-se unanimidade. Mas nós somos um deputado federal, um suplente de deputado federal, seis deputados estaduais e um suplente de deputado estadual. Só tem uma deputada estadual que não está de acordo com o projeto”, afirmou.
O peemedebista aproveitou para elogiar o governo Wellington e avaliou ainda a oposição no estado. “Oposição deve existir, é importante para o estado, deve ser valorizada, agora a oposição até agora não conseguiu se coordenar e apresentar um projeto alternativo para o Piauí, nem do ponto de vista do projeto mesmo e do ponto de vista de candidaturas, mas não está tarde demais não. Enquanto isso, Wellington tem um governo bem avaliado, que está ao lado do Lula, que o povo quer. Eu apostaria minhas fichas que ele teria uma ampla possibilidade de ser reeleito”, finalizou.