Adolescente encontrado morto em lagoa foi testemunha de homicídio
Segundo a Polícia Civil, menor teria delatado comparsas sobre crime ocorrido em 2018 e acabou sendo morto em retaliação.
O adolescente Jallysson Ariel Lima, de 12 anos, cujo corpo foi encontrado em uma lagoa no bairro Nova Brasília, zona Norte de Teresina, teria sido testemunha ocular de um homicídio ocorrido em 2018. Segundo informações do titular do 7º Distrito Policial, o delegado Menandro Pedro, a vítima teria revelado à Polícia o envolvimento de comparsas no crime e acabou sendo morto em retaliação.
Segundo o delegado Menandro Pedro, a vítima teria revelado à Polícia o envolvimento de comparsas no homicídio. (Foto: Arquivo O Dia)
O corpo de Jallysson Ariel, conhecido também como Gigante, foi encontrado por populares na manhã da última quinta-feira (25). De acordo com o delegado Menandro Pedro, momentos antes do crime, o menor teria ido até uma boca de fumo da região e foi convidado por dois outros jovens para consumir drogas na beira da lagoa.
Após chegar ao local, os dois adolescentes teriam usado uma arma de fogo de fabricação caseira para disparar contra a vítima. O menor foi atingido com dois tiros e teve o crânio atingido por uma barra de ferro. Uma testemunha ocular do crime disse em depoimento à Polícia que, depois de assassinarem Jallysson Ariel, os dois jovens teriam jogado o corpo da vítima na lagoa.
Jallysson Ariel e os dois suspeitos de serem os autores do homicídio são apontados pela Polícia como integrantes de um grupo de adolescentes responsável por mais de 30 assaltos na região. O delegado Menandro Pedro relata que as principais vítimas dos adolescentes eram motoristas de aplicativo e funcionários de empresas que prestam serviço na área de telefonia, energia e abastecimento de água.
"São mais ou menos cinco adolescentes, entre eles crianças também, que usam drogas e assaltam. Nós fazíamos a ocorrência que as pessoas vinham registrar, mostrávamos as fotos deles e as vítimas reconheciam. Todos esses assaltos foram encaminhados para a delegacia especializada, porque são todos menores de idade", relata o delegado.
De acordo com o titular do 7 º DP, foram registrados cerca de 12 assaltos contra motoristas de aplicativo na região com a suspeita de envolvimento do mesmo grupo. "Eles rendiam o motorista, colocavam na traseira do carro e saíam praticando assaltos não só na área do 7º DP, mas também do Mocambinho e outros bairros. Eles confessaram todos os crimes na presença dos pais", afirma.
O homicídio, bem como os assaltos praticados pelos adolescentes, foram encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) que deverá conduzir as investigações.