Altos dará passe livre intermunicipal e cultural a pessoas com deficiência
Para ganhar o benefício o cidadão precisa preencher a ficha de inscrição nos prédios do Centro de Referência de Assistência Social no município.
A coordenação de Apoio à Pessoa com Deficiência de Altos, em parceria com a Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, informa que a Prefeitura de Altos concederá passe livre intermunicipal e cultural para pessoas com deficiência física e intelectual que residem no município.
Imagem: DivulgaçãoPrefeita Patrícia Leal
Para ganhar o benefício o cidadão precisa preencher a ficha de inscrição nos prédios do Centro de Referência de Assistência Social no município; um situado na Rua São José, S/N – Centro e outro na Rua Colorado, nº 2001, bairro Santa Inês.
O beneficio será estendido, também, ao acompanhante da pessoa com deficiência, mediante comprovação da necessidade do paciente por meio de laudo médico.
A prefeita de Altos, Patrícia Leal, destaca a parceria entre o Executivo Municipal e o Governo do Estado para a garantia do benefício. “Essa era uma reivindicação antiga dos deficientes físicos que moram em Altos e agora foi possível concretizar mais essa conquista”, conclui.
Assembleia quer ouvir o Tribunal de Contas do Estado sobre reajuste dos militares
Segundo o requerimento dos deputados é importante que o TCE se manifeste sobre a real situação financeira do Piauí
Foi aprovado nesta segunda-feira (25), pelo plenário, o requerimento de autoria dos deputados Marden Menezes (PSDB) e Robert Rios (PDT) para que o TCE encaminhe à Assembleia os dados sobre a situação financeira do Estado.
Imagem: DivulgaçãoRobert Rios
Segundo o requerimento dos deputados é importante que o Tribunal de Contas se manifeste sobre a real situação financeira do Piauí, já que o Governo do Estado alega estar no limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e por isso não pode cumprir o reajuste dos militares. “Eu não acredito no Governo e por isso queremos as informações do TCE, que é o órgão responsável pela fiscalização das contas do Estado”, afirmou Robert. O pedido de informações tem caráter de urgência.
Margarete Coelho afirma que Distritão não será aprovado sem que preveja cotas femininas nos partidos
"O sistema de cotas é completamente incompatível com o Distritão, não há como fazer uma proporcionalidade com um sistema que é efetivamente marjoritário"
No início da tarde de hoje (25), a vice-governadora Margarete Coelho (PP), em entrevista ao Jornal do Piauí da TV Cidade Verde, falou sobre a reforma política, onde defendeu o sistema de cotas para participação feminina na organização política do País.
De acordo com a vice-governadora, o Distritão, que é voto majoritário para os estados e munícipios, não será aprovado sem que preveja o sistema de cotas para mulheres nos partidos.
“O sistema de cotas é completamente incompatível com o Distritão, não há como fazer uma proporcionalidade com um sistema que é efetivamente marjoritário. Eu acho difícil o distritão passar, sem prever esta cota, porque nós não podemos mais conviver em uma democracia que exclui mais da metade do eleitorado que são as mulheres”, destacou.
Acerca do convite realizado pelo senador Ciro Nogueira (PP), ao senador Elmano Ferrer (PBT), de que ele passe a integrar os quadros do Partido Progressista, Margarete afirmou que o petebista seria um excelente reforço para o PP.
“Nesse novo momento em que o Partido Progressista vive, de se revitalizar, o senador Elmano seria uma excelente reforço, e inclusive, para disputar a prefeitura de Teresina. Ele tem sido disputado por todos os partidos, e o PP, certamente se engradeceria com a presença dele”, afirmou.
João Mádison diz que Themistocles Filho pode ser o candidato do PMDB a prefeito de Teresina
"O presidente Themístocles pode ser o candidato nosso, mas nós só vamos para um embate desses se nós tivermos a consciência e a condição", disse o deputado.
O deputado estadual João Mádison afirmou que o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho, poderá ser o candidato do PMDB à prefeitura de Teresina e que essa possibilidade só será decidida após pesquisas.
“O presidente Themístocles pode ser o candidato nosso, mas nós só vamos para um embate desses se nós tivermos a consciência e a condição, nós precisamos fazer pesquisas se essas pesquisas nos derem condição, o Themístocles é candidato”, disse o deputado em entrevista ao portal.
Imagem: Lucas Dias/GP1João Madison
João Mádison ainda afirmou que, caso Themístocles Filho não seja candidato, o PMDB pretende buscar alianças para indicar um nome para vice-prefeito.
“Se a candidatura de Themístocles não for possível, nós vamos buscar um entendimento e vamos indicar o vice de alguma chapa. Nós ainda não temos uma decisão definida, mas isso passa necessariamente pela posição do presidente Themístocles”, pontuou.
Dupla é presa com arma da Polícia Militar do Piauí; compraram por R$ 1 mil
No início da manhã desta segunda-feira (25/05) dois homens foram presos pelo quarteto da Motorone no Dirceu, zona Sudeste de Teresina. A dupla estaria com uma pistola ponto 40 pertencente a Polícia Militar do Piauí.
Segundo o tenente Marques, durante patrulhamento de rotina, os oficiais notaram atitude suspeita da dupla e ao abordarem os suspeitos encontraram uma pistola na posse dos homens.
"A numeração dela está raspada. Segundo um dos presos, a arma foi comprada com os usuários de drogas que ficam no Centro de Teresina", conta o tenente.
A dupla foi detida no Parque Progresso . Presos, os homens foram levados para a Central de Flagrantes de Teresina, onde aguardam o trâmite legal da Justiça.
Tempo de espera por atendimento no Hospital Veterinário pode chegar a 5 horas
A média anual é de quase 5 mil atendimentos para animais de pequeno e grande porte.
Criar um animal de estimação gera sentimento de apego e afeição. Diante disso, quando um deles sofre com alguma doença ou precisa se submeter a procedimentos médicos, é sempre muito delicado, pois o medo de perder o animal é presente. Para quem deseja cuidar dos bichos e precisa encaminhá-los para um hospital ou clínica, existe a opção do Hospital Universitário Veterinário (HUV) que atende cerca de 6 mil animais por ano.
Fotos: Jailson Soares/ODIA
Mesmo com os números altos de atendimentos mensais, eles nem sempre são satisfatórios. Quem busca uma consulta no HUV relata que a espera é cansativa e o comparativo com o atendimento do Sistema Único de Saúde é inevitável. “A situação lá é um caos, é igual ou pior que a fila do SUS para esperar atendimento. Eu passei cerca de 5h lá para conseguir atendimento para a minha gata. A gente fica lá rodando e indo a vários setores chegar à consulta de fato”, conta Patrícia Moura, que buscou atendimento para seu animal de estimação.
A constatação de Patrícia é semelhante à de outras pessoas que aguardam atendimento para os bichos no HUV. “Eu aguardo há três horas atendimento para a minha gata aqui”, conta Djenane Carvalho.
A opção de Djenane para buscar atendimento junto ao hospital é devido aos preços serem mais baratos. “Eu tenho quatro animais e sempre tenho que levá-los ao veterinário por conta de algum problema. Ficava muito caro e agora eu resolvi trazer aqui no HUV, mas o atendimento demora demais”, relata.
De acordo com o Diretor do HUV, João Macedo, a demora no atendimento é devido ao número de procedimentos que são realizados. “Nós somos um hospital-escola e prezamos pela qualidade, e isso faz com que demore. Aqui os animais passam por todos os procedimentos que precisam imediatamente após a consulta e isso demanda tempo”, relata.
Os donos e bichos aguardam atendimento na sala de espera. Cachorros e gatos ficam no mesmo ambiente, podendo causar estranhamento entre eles. “Na sala de espera todos os animais ficam juntos, independente do problema e da espécie. Gatos ficam misturados com cachorros e isso é um risco tanto para os animais como para os donos que ficam lá”, conta Patrícia.
João Macedo comenta que o hospital não tem estrutura para separar os animais por espécie. “Tudo depende do orçamento que é enviado e sempre é burocrático porque estamos tratando de uma instituição pública, mas existe o desejo de serem criados espaços adequados para cada espécie de animal de pequeno porte na sala de espera”, diz o diretor do HUV.
O Hospital Universitário Veterinário funciona 24 horas por dia e pessoas de outros estados buscam atendimento para os animais. A média é de 18 atendimentos diários e cerca de 35 procedimentos médicos realizados. “Existem muitos atendimentos emergenciais que devem ser prioritários e isso, às vezes, faz com que haja demora nos outros atendimentos. Claro que se a pessoa fizer o agendamento já facilita bastante”, comenta João Macedo.
O Hospital conta com 139 boxes para a internação dos animais de pequeno porte e 25 espaços para animais de grande porte. Quatro consultórios são utilizados para atendimentos. Os principais procedimentos realizado no HUV são consultas, cirurgias, internação, exames laboratoriais, necropsia e exames de radiografia. “Os atendimentos são pagos, mas a taxa é mínima cerca de R$ 15 reais o valor da consulta. Somos um dos únicos hospitais públicos do país destinado para animais. A demanda é muito grande”, comenta João.
Número de hospitais veterinários no Brasil é insuficiente
A procura por atendimento médico para animais deixa os hospitais e clínicas lotados, causando desconforto para quem espera atendimento por horas. Não existem políticas públicas para auxiliar o atendimento médico de animais. Segundo a vice-presidente do Conselho de Medicina Veterinária, Roseli Klein, o número de hospitais veterinários ainda é insuficiente.
“O que é preciso são políticas públicas para que existam condições para tratar os animais e fazer um controle de natalidade no Estado, porque existe uma superpopulação de animais nas cidades e, muitos deles, são abandonados por famílias que não tem condições de tratá-los e, assim, acabam deixando na rua”, comenta Roseli.
Ainda segundo a vice-presidente, a pretensão é sempre promover meios de defesa e proteção dos animais. “O HUV fornece esse atendimento para a comunidade por um valor muito simbólico e, mesmo assim, muita gente deixa de levar o animal para ser tratado. O número de hospitais é insuficiente e o que estamos querendo promover é a criação de um centro cirúrgico na APIPA, que é pra auxiliar no atendimento.”, finaliza.
Os índices de mortalidade no HUV são baixos, segundo o diretor do local, mas ainda existem casos de morte entre os animais. Os agendamentos das consultas são feitos por telefone e existe um monitoramento contínuo do animal por meio das equipes de plantão no local.
Cemitério de Animais “Cadelinha Sasha” abriga mais de 200 animais
Criado em 2009, o Cemitério de Animais ‘Cadelinha Sasha’é o primeiro do estado do Piauí. Hoje, são mais de 200 animais enterrados no local, que possui mil metros de área. O local público é o primeiro da América Latina a se dedicar exclusivamente ao enterro de cães e gatos.
Diretor do HUV, João Macedo
Para enterrar o animal de pequeno porte no ‘Cadelinha Sasha’, o dono paga uma taxa de manutenção de R$ 80,00 para a construção das gavetas, onde eles são colocados para não contaminar o solo.
Sasha foi o primeiro animal a ser enterrada no local. A cadela recebia tratamento no Hospital Universitário Veterinário, quando faleceu ao contrair uma virose.
Dupla assalta Restaurante e leva 10 mil reais do caixa
Ação durou cerca de 10 minutos e ninguém saiu ferido
Dois homens, ainda não identificados, renderam os funcionários de um restaurante localizado próximo a Uninovafapi, Zona Leste de Teresina, e roubaram R$ 10 mil reais em dinheiro. A ação aconteceu na manhã desta segunda-feira (25/05).
De acordo com o capitão Etevaldo Fernandes, do 5º BPM, a dupla estava em uma motocicleta e teria abordado os funcionários do local. “Ao anunciarem o assalto, os bandidos teriam pedido para as pessoas que estavam ali, deitarem no chão”, explica.
Os dois assaltantes estavam armados e ainda não foram capturados. Ainda de acordo com o capitão, duas viaturas da Força Tática estão circulando na região a fim de tentar capturar a dupla.
PM é acusado de fornecer armas para a prática de assaltos
Assaltantes presos esta semana revelaram ter recebido a ajuda do policial, que seria um soldado lotado na Diretoria de Apoio Logístico do QCG.
Um policial militar lotado no Quartel do Comando Geral é suspeito de ter emprestado armas da PM para que bandidos realizassem assaltos na capital.
Segundo informações repassadas por uma fonte d'O DIA na PM-PI, assaltantes presos esta semana revelaram ter recebido a ajuda do policial, que seria um soldado lotado na Diretoria de Apoio Logístico do QCG.
A reportagem entrou em contato com o responsável pelo setor de Relações Públicas da PM-PI, major Etevaldo Alves, que informou não haver qualquer confirmação oficial a respeito da acusação imputada ao soldado.
No entanto, o major esclarece que o caso deve ser minuciosamente investigado pela Corregedoria da PM. "O fato será rigidamente apurado e se for comprovada a participação do policial, ele responderá pelo crime que cometeu. O Comando Geral repele toda e qualquer má conduta praticada por seus policiais", salienta.
Por fim, o major esclarece que também é preciso apurar a credibilidade dos criminosos que fizeram a acusação, e verificar se ela realmente procede.
O sanfoneiro e lavrador José Ferreira de Sousa, 63 anos, foi preso suspeito de assassinar o próprio neto de apenas 10 anos, na localidade Vereda dos Cavalos, situada a 10 km na zona rural de Bertolínia. O crime revoltou moradores da região e de acordo com o delegado de Uruçuí, Jarbas Limas, que investiga o caso, a perícia médica-legal apontou que a criança foi envenada, estrangulada e alvo de violência sexual.
Fotos: Polícia Civil
O crime ocorreu na madrugada deste domingo (24). De acordo com o delegado, o menino estava morto dentro da casa do avô, que estava a cerca de 200 metros da residência. "Quando o PM chegou lá, a criança já estava morta e o suspeito próximo à casa. Ele falava frases desconexas e estava defecado e babando muito. Tinha sinais de envenamento", explica o Lima.
De acordo com o titular da delegacia de Uruçuí, a Polícia Civil foi acionada após contradições no depoimento do suspeito, que foi encaminhado ao hospital da cidade de Sebastião Leal. De acordo com as investigações, além da morte do neto, o sanfoneiro está sendo investigado pelo estupro de uma uma neta, irmã do garoto morto, e mais duas vítimas. No inquérito consta que ele teria assassinado a criança e, em seguida, ingerido veneno.
"Ele disse que deu uma balinha pro neto, o menino passou mal e ele ficou desesperado e tentou salvá-lo. Depois deu a versão de que a própria criança teria bebido veneno pensando que era cachça e, em seguida, dado para ele ingerir. Porém, a polícia começou a desconfiar dos depoimentos ao perceber uma marca vermelha no pescoço da vítima e apreender alguns objetos na casa. A irmã do garoto e neta do suspeito confessou à polícia que havia sido estuprada também por ele quando era criança e nunca havia falado com medo das ameaças", conta o delegado.
Na residência foram encontrados frascos com venenos líquido e sólido, manchas de sangue e uma almofada suja, provavelmente, de esperma. José Ferreira foi autuado por estupro de vulnerável e crime triplamente qualificado. Participaram da prisão, policiais militares de Sebastião Leal e Bertolínia, além do escrivão de Polícia Civil de Uruçuí, Ciro Gustavo.
"Os exames feitos nas vísceras e no fígado, coração e estômago do garoto apontaram o envenamento, o estrangulamento- por isso a marca vermelha no pescoço -além da violência sexual. Ele é suspeito de matar o neto por motivo fútil, ter feito o emprego de asfixia e veneno, e ainda tentar encobrir o crime. Todo mundo está revoltado e teve que ser colocado em uma cela isolada devido a reação dos detentos", finaliza Jarbas Lima.
Máquina inchada e receitas caindo: entenda a crise no governo do Piauí
Governo alega tentativas de mudanças para beneficiar os cofres públicos, mas fontes receita têm despencado
A expressão “cortar na própria carne” virou quase um jargão na administração pública e geralmente é usada em casos de corrupção, significando atitudes radicais tomadas por um governo contra maus gestores. Mas se adaptarmos esse termo a realidade financeira do Piauí, ele poderia representar a coragem do governo de enfrentar a crise financeira do Estado com medidas duras, cortando na própria pele para reduzir gastos e enxugar a hoje inchada máquina pública, que além de cumprir a missão de atender ao interesse público, atende ainda a demandas políticas.
O Piauí enfrenta uma grave crise econômica que tem paralisado a administração do governador Wellington Dias (PT). Diante do histórico financeiro do Estado, uma crise não é nenhuma novidade (muito menos para Wellington que vive a terceira administração). Se a crise não é nova, velhas são as medidas usadas para resolver o problema. De forma superficial, o governo do experiente Wellington Dias diz cortar gastos e aplicar um arrocho fiscal apara resolver o problema.
Porém, na prática, o governo do petista mostrou tratar de forma superficial a questão e preferiu mais uma vez não atingir a raiz do problema: a inchada máquina pública. Se ela continua inchada, os gastos se mantêm excessivos e o Estado deve seguir pelos próximos quatro anos se equilibrando na corda bamba do equilíbrio financeiro.
Para especialistas, uma das formas de resolver de maneira mais profunda o problema seria extinguir pastas, cargos, mexer na acomodação de aliados políticos e reduzir números das secretarias hoje existentes. Os excessivos gastos para a manutenção da máquina pública contribuem para esse momento de crise.
Somente no primeiro escalão, são 20 pastas na estrutura do Estado. Em um Estado como o Piauí, em que a economia ainda depende muito da mão do Estado, mexer no tamanho da estrutura não é fácil. Wellington provou isso ao encaminhar à Assembleia Legislativa do Estado uma reforma que não altera em quase nada o tamanho da máquina e mantém quase inalterado os gastos do Estado.
SERVIDOR PENALIZADO Se faltou iniciativa ao governo para realizar uma mudança profunda e tornar a estrutura administrativa mais leve, sobram penalizações para o servidor público. Os gastos do poder público no Estado são altos e sem uma arrecadação que acompanhe o mesmo ritmo, o governo vive uma crise financeira que tem servido como justificativa para o não pagamento do reajuste salarial aprovado por lei pela Assembleia ainda em 2011 para sete categorias profissionais.
De acordo com o governo, se o reajuste for pago o impacto na folha de pagamento do Estado poderá passar de R$ 27 milhões. Com isso, o Estado ultrapassaria o limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal com o pagamento de pessoal. De acordo com a legislação, o governo não poderia gastar mais de 46,55% das receitas corrente líquidas com a folha de pagamento. Se isso ocorrer, o Estado irá sofrer uma série de sanções como não conseguir a liberação de empréstimos e nem fechar convênios com o Governo Federal.
“REFORMA NÃO EXISTE”
A reforma administrativa encaminhada pelo governo à Assembleia tem recebido críticas da oposição. Para os deputados, Wellington Dias não fez as mudanças necessárias que
poderiam ajudar a amenizar a crise econômica. Para o deputado, Robert Rios (PDT), a reforma “não existe”.
“Eu até agora não vi reforma nenhuma. Ela não existe. Reforma é cortar, é fazer transformações profundas. Isso não ocorreu com o projeto encaminhado a essa Casa. O que era Chico agora passa a ser Francisco. Nada mais. Não houve redução de gastos. O Estado precisa disso nesse momento de crise”, disse.
O deputado tucano Marden Meneses afirma que em nada adianta uma reforma que não diminui o peso da máquina pública. Ele afirma que faltou “coragem” ao governo. “Não chamo de reforma algo que não reduz, não moderniza, não agiliza e não tira o peso da máquina. Para ser reforma tinha que reduzir secretarias e quantitativo de comissionados. Era necessário tornar a máquina mais ágil e diminuir os custos. Se isso ocorresse, teríamos a economia mês para pagar o reajuste salarial, pagar o salário dos servidores efetivos e fazer investimentos”, disse.
MÁQUINA ACOMODA ALIADOS
De acordo com Marden Meneses, a máquina inchada é usada pelo governo para acomodar aliados políticos. “O governo repete as velhas práticas do Piauí de décadas atrás. Os aliados políticos são nomeados para ocupar cargos e manter o apoio. A única saída do Estado será no dia em que se eleger um governo que de fato tenha compromisso público de reduzir essa máquina. Essa enorme quantidade de secretarias que temos (modelo semelhante ao do Governo Federal) apenas garante o emprego e nomeações dos aliados políticos do governo”, avalia.
Para ele, o Estado vive da folha de pagamento do Estado. “Não conseguimos atrair indústrias que geram emprego e renda. Não temos investimento da iniciativa privada. Se dependemos dessa máquina pública, quem quer se manter no poder defende o empreguismo e vai contra a redução da máquina. Quando tivermos governantes com o desejo de se destacar pelo resultado da gestão e não pelo empreguismo de aliados, o Estado dará um passo grande para modernidade”, comenta.
FONTE DE ARRECADAÇÃO CAI
Ao mesmo tempo em que Estado evita realizar as mudanças necessárias na estrutura administrativa e mantém os mesmos gastos, a principal fonte de receita continua caindo. De acordo com informações do secretário de Governo, Merlong Solano, o Piauí ainda é totalmente dependente do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
“O FPE é essencial para o Piauí. Do primeiro quadrimestre de 2015 a 2014 ele cresceu 5,9%. Nesse mesmo período a inflação foi de 6,4%. Isso significa que o FPE teve uma queda de 0,5% nos últimos 12 meses. Enquanto isso as despesas não caíram”, destacou.
Nos primeiros quatros meses do ano, o Estado recebeu algo em torno de R$ 1,19 bilhão do FPE. Merlong Solano alerta que neste mesmo período os gastos com pessoal cresceram 12,3% no primeiro quadrimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2014. Esse crescimento ocorre mesmo com o governo afirmando realizar um controle sobre nomeações. Nesse mesmo período, os gastos com pessoal chegaram a 1,38 bilhão. É importante lembrar que a arrecadação do Estado não se resume apenas ao FPE. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também é uma fonte de receitas.
Merlong Solano disse que o Piauí tem um déficit em conta corrente de R$ 200 milhões. Isso significa que o governo poderá fechar o atual exercício financeiro sem ter dinheiro para cobrir o déficit de despesas correntes. Essas despesas são as contas que precisam ser pagas ainda este ano.
De acordo com a equipe econômica do governo, o Estado herdou uma dívida de R$ 500 milhões deixada pela gestão do ex-governador, Zé Filho (PMDB). O culpa a Assembleia Legislativa e as gestões anteriores pela aprovação do reajuste salarial das categorias que ameaçam greve.
“DIA D”
Deixam de receber a última parcela do reajuste salarial os servidores:
Para as categorias, amanhã é considerado o “Dia D”. Se o governo não ceder na proposta de pagara a última parcela do reajuste salarial concedido ainda em 2011, haverá greve. Na época da aprovação do reajuste pela Assembleia, ficou acertado que o pagamento ocorreria em quatro vezes. Parcelas foram pagas nos governo de Wilson Martins (PSB) e Zé Filho (PMDB). Já o governo de Wellington afirma que os repasses foram feitos de forma irresponsável e teriam levado o Estado a crise.
A proposta apresentada pela atual gestão prevê o pagamento de 50% do reajuste na folha de pessoal de março. O restante será repassado apenas em janeiro de 2016. As categorias não aceitam e afirmam que estão amparadas pela Justiça e cobram o pagamento integral ainda este mês.
Sobre a continuidade das mobilizações, o Subtenente da Cruz, presidente da Associação dos Bombeiros, informou que há um prazo de recebimento de proposta por parte do Governo é até hoje. “Amanhã a gente vai fazer uma ato solene em frente ao Palácio de Karnak e lá sim a gente vai deliberar com a categoria a respeito dos próximos passos”, disse o subtenente.
O presidente da Associação Beneficente dos Cabos e Soldados da Polícia Militar (ABECS), Agnaldo Oliveira, afirmou que a categoria se sente desrespeitada com a proposta do governo de parcelar a última parte do reajuste da categoria. "Nenhum profissional iria aceitar que o patrão chegasse e pedisse para pagar apenas uma parte do salário. Os policiais também não aceitam. Hoje um soldado recebe um salário de R$ 2.449 e com o reajuste receberia mais R$ 651. O governo não respeita a categoria", disse.
SECRETÁRIO DEFENDE REFORMA
O secretário de Administração, Franzé Silva, reage ás críticas e afirma que a maior prova de que o governo tem enfrentado a crise de forma dura é a proposta de reforma da Previdência. De acordo com a proposta encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado, a previdência deixa de ser liga ao Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (IAPEP) e passa a ser vinculada a Secretaria de Administração.
Para Franzé Silva, essa mudança é a prova da coragem do governo de enfrentar a crise. “Não há prova de coragem maior que essa porque com isso o governo caminha para resolver um grande problema. O rombo de R$ 600 milhões com a previdência. Essa decisão vai evitar que no futuro recursos do Tesouro tenham quer ser usados para pagar inativos. Isso contribui e muito para resolver a crise”, disse.
De acordo com o secretário, a reforma possibilita um controle maior dos gastos do Estado. “Mudamos estruturas antigas e isso possibilita um controle de gastos. Desmembramos pastas e isso sem aumentar os gastos. Tudo continua dentro do orçamento já existente. Quando transformamos a Fundação de Cultura em secretaria permitimos que ela esteja mais perto do Ministério da Cultura e com isso consiga mais verbas. Quando se cria a Coordenadoria de Fomento à Irrigação se está promovendo uma transformação no campo e aumentando produção", justificou.
"CRÍTICAS SÃO POLÍTICAS"
Franzé Silva afirma que a oposição usa a reforma para fazer jogo político na Assembleia. “As críticas à reforma são políticas. Poucos governos no Piauí tiveram coragem de fazer uma reforma tão profunda. As mudanças serão sentidas no futuro. O governo se propõe a realizar cortes para que a economia do Estado possa voltar a funcionar”, destacou.
O secretário diz acreditar que um acordo com as categorias será possível. Segundo ele, o governo trabalha para evitar uma greve geral. “Ninguém quer que o Estado volte a ultrapassar o limite de responsabilidade fiscal. Se isso ocorrer, as UTIs serão fechadas mais uma vez, as escolas de tempo integral não funcionaram normalmente. A população não quer que isso ocorra. Apesar das dificuldades o Estado voltou a funcionar porque fazemos as coisas com responsabilidade. Se não fosse assim, estaríamos na mesma situação do final do ano. Um verdadeiro caos”, comentou.
Segundo o secretário de Governo, Merlong Solano, o Estado precisa se preparar para dias difíceis. “O Governo Federal tem realizado cortes com o arrocho fiscal. Isso significa que essas dificuldades deverão se arrastar até o próximo ano. O governo do Estado de prepara para isso. Caso contrário, os efeitos poderão ser piores que os vivido em 2015”, destacou.