quarta-feira, 3 de junho de 2015

Reforma administrativa Wellington Dias recebe as alterações aprovadas pela Alepi como parte da reforma administrativa


Reforma administrativa

Wellington Dias recebe as alterações aprovadas pela Alepi como parte da reforma administrativa

Uma dessas mudanças diz respeito a transformar o Iapep em Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público do Piauí.


Na última terça-feira (2), o governador Wellington Dias recebeu as modificações aprovadas pela Assembleia Legislativa do Piauí como parte da reforma administrativa proposta para o Estado. 
Imagem: DivulgaçãoWellington Dias acompanhado de Themístocles Filho, presidente da Alepi(Imagem:Divulgação)Wellington Dias acompanhado de Themístocles Filho, presidente da Alepi
Uma dessas mudanças diz respeito a transformar o Iapep em Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público do Piauí – IASPI, sendo responsável por prestar assistência médica aos servidores e de seus dependentes, inclusive pelos dois planos de saúde: Plamta e Iapep-Saúde. 

Com as mudanças, a Previdência, que administra aposentados e pensionistas passa, agora, a ser administrada pela Superintendência de Previdência do Estado do Piauí, que é subordinada à Secretaria de Estado da Administração e Previdência. 

De acordo com o diretor-geral do Iapep, Marcos Steiner Mesquita, as mudanças não atingem os servidores ativos ou inativos. Eles permanecem vinculados ao IASPI ou, caso desejem, poderão ser lotados na Superintendência de Previdência, com a garantia de todos os direitos. 

fonte gp1*Com informações da Alepi


Esclarecimento Fernando Monteiro diz que não está insatisfeito com Paes Ladim na presidência do PTB no Piauí


Esclarecimento

Fernando Monteiro diz que não está insatisfeito com Paes Ladim na presidência do PTB no Piauí

O deputado ainda disse que Elmano Férrer, se equivocou ao falar que o posto de presidente estadual do partido só poderá ser comandado por um senador ou deputado federal.


Nesta quarta-feira (03), o deputado estadual Fernando Monteiro (PTB) falou sobre ocomentário do senador Elmano Férrer, que disse que o deputado estaria insatisfeito com a escolha de Paes Landim para presidir o diretório estadual do partido.
Imagem: DivulgaçãoDeputado Fernando Monteiro diz que material para alagados faz parte de estoque de emergência(Imagem:Ascom)Deputado Fernando Monteiro

Monteiro afirmou que em nenhum momento ficou insatisfeito com a indicação de Paes Landim para a presidência da comissão provisória de três meses. O deputado ainda disse que o senador Elmano Férrer, se equivocou ao falar que o posto de presidente estadual do partido só poderá ser comandado por um senador ou deputado federal.

“Tenho pelo deputado Paes Landim a maior admiração e reconhecimento por seu trabalho pelo PTB e pelo Piauí. O senador Elmano comete um equívoco quando deseja estabelecer uma regra de que o presidente estadual do PTB deva ser um senador ou deputado federal. Aliás, o PTB é presidido nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais por deputados estaduais. Quanto à indicação da comissão provisória do partido no Piauí, esta é uma competência da direção nacional do PTB”, afirmou. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Elmano Férrer(Imagem:Lucas Dias/GP1)Elmano Férrer

A presidente do Diretório nacional da sigla, Cristiane Brasil, virá ao Piauí ainda neste mês de junho para tentar solucionar os problemas do partido no Estado. A reunião com as lideranças da sigla está prevista para a quinta-feira da próxima semana, 18 de maio.

fonte gp1

Painel de Iemanjá é furtado do 'Salve Rainha'


Painel de Iemanjá é furtado do 'Salve Rainha'

Obra do mestre Nonato Oliveira foi exposta ao público no último domingo e sumiu do lugar em menos de 24 horas.

Membros do Coletivo Salve Rainha estão usando as redes sociais para mostrar sua revolta diante do furto de uma obra exposta na última edição desta temporada do movimento em Teresina. Na madrugada de segunda-feira (01) um painel de quase três metros de altura, retratando Iemanjá, (foto ao lado) foi furtado do local onde aconteciam os encontros. A obra tinha sido posta em exposição na manhã do domingo (31).
Segundo a estudante Camila Fortes, que integra o coletivo, a organização do Salve Rainha vai procurar hoje a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência. A jovem diz que a situação é revoltante, que espera que os culpados sejam encontrados o mais rápido possível e que a obra ainda esteja intacta.
“É muita audácia e falta de respeito alguém roubar arte. Falta de respeito com o coletivo, com o artista que produziu e, principalmente, com o público, que foi privado da beleza daquela tela. A intenção do Salve Rainha é levar arte e entretenimento para as pessoas e tem alguém que se acha no direito de se apropriar indevidamente disso”, declara a estudante.
Ela acredita que a tela tenha sido roubada por pelo menos três pessoas, uma vez que media quase três metros de altura. Segundo ela, o interesse de quem cometeu este crime seria a estrutura que sustentava o painel e não a obra em si.
“A parte de trás era cheia de barras ferros grossos que poderiam sustentar muito bem qualquer tipo de estrutura e não foram baratos para o coletivo. Então eu acho que as pessoas que fizeram isso queriam mais essa base para usar para outros fins, do que a tela mesmo”, afirma Camila Fortes.
Uma das organizadoras do coletivo, Ana Carolina, disse nas redes sociais que esta não é a primeira vez que o Salve Rainha tem objetos de exposição roubados. De acordo com ela, este é o segundo painel de Iemanjá furtado do local do movimento.
“Eu só fico pensando porque conseguimos reunir milhares de pessoas no domingo à noite, carentes de entretenimento e cultura, e, na segunda-feira, somos despertados desse sonho com essa realidade que não respeita minimamente nossos esforços. Falta educação para respeitar um movimento, falta segurança para manter uma iniciativa, falta incentivo para que possamos reconstruir os sonhos e os planos de novo”, finaliza Ana Carolina.

fonte portal o dia

Bandidos arrombam porta e assaltam loja em Campo Maior


Bandidos arrombam porta e assaltam loja em Campo Maior

Prejuízo do proprietário do estabelecimento ultrapassa os R$ 4 mil.

Bandidos arrombaram uma loja de equipamentos de som na madrugada de hoje (03) na cidade de Campo Maior e levaram boa parte dos aparelhos guardados. O proprietário do estabelecimento, Mauro Alves Galeno, só veio perceber a ação dos criminosos na manhã quando chegou para abrir o local.
“Já estava aberto. A tranca estava arrebentada e eu já entrei sabendo o que encontraria lá dentro. Levaram vários equipamentos e um dos maiores paredões de som que eu tinha”, afirma o empresário. O prejuízo ultrapassa os R$ 4 mil.
Ele conta que acionou a Polícia Militar da cidade, mas que até o momento ninguém foi preso. A PM continua realizando diligências pela cidade e o empresário acredita que os criminosos não possam ter ido muito longe por conta do tamanho e da quantidade dos equipamentos que foram subtraídos. Mauro também procurou a delegacia de Campo Maior para registrar o BO.

fonte portal o dia

Homem tenta segurar o próprio carro e é atropelado em Teresina


Homem tenta segurar o próprio carro e é atropelado em Teresina

Veículo estava sem o freio de mão puxado e desceu em direção ao muro.

Uma fatalidade aconteceu no final da manhã desta quarta-feira (03), no Centro Integrado de Educação Especial, na avenida Higino Cunha, zona Sul de Teresina. Um homem identificado como Paulo Afonso do Nascimento foi atropelado pelo próprio veículo, que estava sem o freio de mão puxado. Ele tentou evitar que o carro descesse, mas não conseguiu.
Segundo a diretora do CIES, Maria de Fátima Macêdo, a vítima era funcionário do Centro e foi ajudar uma colega de trabalho que estava com dificuldade de tirar o veículo do estacionamento. “Ele era sempre muito prestativo. Na hora que viu a funcionária precisando de ajuda, deixou o carro ligado e saiu para atender. A gente não sabe se ele esqueceu de puxar o freio de mão ou se puxou e teve algum problema”, conta a diretora.
Fotos: Jailson Soares/O Dia
Quando viu o carro descendo em direção ao muro, Paulo Afonso foi para a frente e tentou segurar o veículo, que o derrubou. “Chamamos o Samu e o Corpo de Bombeiros, que chegaram rápido e fizeram os primeiros socorros, mas ele sofreu uma parada cardíaca e morreu”, conta Maria de Fátima.
Paulo Afonso foi atingido na cabeça. Segundo o mototaxista Paulo Márcio um grupo de 10 homens ouviram o barulho da batida no muro e uma mulher gritando por socorro. "Corremos para ajudar e empurramos o carro até tirar de cima dele", conta o mototaxista. O veículo é o Fiat Strada de cor preta e placa NIX-8646.

Os mototaxistas que fazem ponto no local ajudaram a tirar o carro de cima de Paulo Afonso
O irmão da vítima, Francisco José do Nascimento, que trabalha no Hospital da Polícia Militar, ainda encontrou Paulo com vida. "Eu reconheci o carro e corri para saber o que era. Ele estava agonizando quando eu cheguei", conta o irmão. Funcionários do Centro e os familiares estão todos muito transtornados. A vítima deixa a esposa e uma filha de 21 anos.
A perícia foi ao local para fazer os procedimentos necessários e apurar as circunstâncias do acidente. Com a queda do muro, outros dois veículos foram atingidos.

fonte portal o dia

Shopping Rio Poty vai adiar inauguração para setembro


Shopping Rio Poty vai adiar inauguração para setembro

Novo centro de compras da capital seria inaugurado dia 28 de julho. Alteração prevê entrega apenas para 29 de setembro


Alegando uma decisão tomada pela administração do Shopping Rio Poty e de seus lojistas, uma nova data foi divulgada nesta quarta-feira (03/06) pela assessoria de impressa para inaugurar o centro de compras em Teresina. A abertura do shopping, que estava prevista para o dia 28 de julho, agora será no dia 29 de setembro.
No dia 25 de abril, uma matéria publicada pelo portal apresentou um “raio x” sobre o shopping, citando todos os pontos que o levariam a cumprir a promessa de ser o “maior e melhor” shopping da capital, assim como divulgado, e também levantando questionamentos a respeito da nova data de inauguração.
Shopping Rio Poty ainda em obras / Foto: João Alberto/O Olho
Na época o vice-presidente da Sá Cavalcante, empresa administradora do shopping, Leonardo de Sá Cavalcante, garantiu que a entrega seria feita dentro do prazo. “Dia 28 de julho estamos inaugurando o shopping. Ano que vem iremos inaugurar a primeira torre, em 2017 inauguramos a segunda e em 2018 inauguramos a terceira torre, que é a do hotel”, disse Leonardo.
Além da finalização da obra, três pontos foram abordados: a instalação elétrica feita pela Eletrobrás, que segundo informações não oficiais necessita de no mínimo três meses para ser concluída; o alvará do Corpo de Bombeiros, que garante a segurança da estrutura física; e o alvará de permissão de funcionamento que é emitido pela Prefeitura. Quanto a isso Leonardo também afirmou não ter problemas, e que não acreditava ser um impasse para a inauguração.
Maquete do Shopping Rio Poty (Foto: João Alberto / O Olho)
Em nota, a assessoria de imprensa confirmou a alteração na data. Ainda de acordo com os representantes do empreendimento, as obras estão adiantadas e a inauguração poderia ser feita na data programada, mas a decisão da mudança veio a partir de um consenso entre a administração e dos donos de lojas, para que o shopping possa ser “inaugurado com todo seu potencial, em termos de infraestrutura completa”.
ACIDENTE EM 2013
Parte da estrutura da construção desabou em 2013 (Foto: Crea-PI)
Na madrugada do dia 11 de julho de 2013 parte da estrutura que estava em construção caiu. Três meses depois o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) divulgou um laudo técnico que apontou erros no escoramento de colunas, que levaram ao desabamento do prédio em construção, e não erros de cálculos, como se especulava.
Nenhuma mudança foi feita no projeto para a retomada da construção, apenas adequações solicitadas pelo Crea, que foram fiscalizadas pelo Conselho e por calculistas da obra.O contratempo atrasou a obra e fez com que alguns lojistas desistissem de colocar empreendimentos no novo shopping. Segundo a diretoria do grupo responsável pelo shopping, havia a desconfiança de que muitos empresários recuassem após o ocorrido, entretanto menos de 10 lojistas teriam desistido de pontos comerciais no local, desde o início do projeto, o que ainda de acordo com eles, seria um número normal em qualquer empreendimento do tipo.
Shopping Rio Poty: é para ser um dos mais modernos do Nordeste (Foto: Divulgação)
Leia a nota na íntegra.
SHOPPING RIO POTY ALTERA DATA DE INAUGURAÇÃO
Mesmo com suas obras adiantadas, o que permitiria a inauguração na data programada, o Shopping Rio Poty e seus lojistas optaram por prorrogar sua abertura para o dia 29 de setembro de 2015. O primeiro centro de compras da Zona Norte de Teresina tomou esta decisão para oferecer um prazo maior aos lojistas a fim de terminarem as suas obras internas que, apesar de já iniciadas, ainda demandam certo tempo e dedicação dos profissionais envolvidos na concepção e execução dos projetos de cada loja.
O Rio Poty já conta com 90% de ABL (Área Bruta Locável) comercializada, e a obra em fase final de acabamento e paisagismo. Com o novo prazo, o shopping e seus lojistas estarão trabalhando para que o centro comercial seja inaugurado com todo seu potencial, em termos de infraestrutura completa, e se consolidando como a referência no desenvolvimento desta região.
Um shopping potencializa muitos resultados positivos para a cidade como maior arrecadação de impostos, geração de empregos para a população local, valorização imobiliária e crescimento turístico. “O Rio Poty será uma das principais opções de varejo, serviços, lazer e entretenimento. Com ele, vamos oferecer à região, conforto e serviços que atendam aos anseios de toda a família”, declara o superintendente do Shopping Rio Poty, Carlos Eduardo Gouveia.
Capa da fanpage do shopping: inauguração marcada para julho mudou para setembro (Foto: Facebook)

fonte portal o olho

Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira (5)


Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira (5)

Até o momento, 68,5% do público-alvo já foi vacinado. Campanha foi prorrogada para atingir a meta de vacinar 80% das pessoas vulneráveis às complicações da gripe


A Campanha de Vacinação contra Gripe termina nesta sexta-feira (5/6). Balanço do Ministério da Saúde indica que, até esta terça-feira (2/6), foram vacinados 34 milhões de brasileiros, o que corresponde a 68,5% do público-alvo. A meta é vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.
Até o momento, o único grupo que já atingiu a meta é o das puérperas (45 dias após o parto), com 357,7 mil de mulheres vacinadas (88%). O segundo grupo com maior cobertura é o dos idosos, com 15,2 milhões de doses aplicadas (73%). Em seguida estão os trabalhadores da saúde, com 2,7 milhões de vacinados (67,9%); crianças de seis meses a menores de cinco anos, com 8,1 milhões de doses (64,4%); as gestantes, com 1,3 milhões de doses aplicadas (60,3%). Entre os indígenas, foram 363,2 mil vacinados (60%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 5,8 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.

Apenas quatro estados já atingiram a meta: Amapá (86,8%), Paraná (81,5%), Espírito Santo (80,68%) e Santa Catarina (80,65%). Entre as regiões do país, a maior cobertura de vacinação foi no Sul, com 4,7 milhões de doses administradas, o que representa 79,6% do público-alvo. A 17ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe teve início em 4 de maio, com previsão de encerramento no dia 22 de maio. Para atingir a meta de imunizar 80% do público-alvo, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha até 5 de junho.

A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos costumam passar em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.
 

fonte portal o olho

Estupro coletivo em Castelo: quem são os 4 garotos mais odiados do PI

Estupro coletivo em Castelo: quem são os 4 garotos mais odiados do PI

Reportagem apurou histórico dos garotos. Não estudavam, tinham envolvimento com drogas, passagens na polícia e vêm de famílias desestruturadas


O que levou jovens adolescentes de uma pequena e quase pacata cidade do interior do Piauí, bem franzinos, paupérrimos e com pouca idade a raptar, ameaçar, violentar coletivamente quatro garotas (todas menores de idade) e ainda as amarrar e as jogar de um desfiladeiro, com intuito de mata-las? O que explica a atitude de depois de cometerem tudo isso, voltarem normalmente para casa como se nada tivesse ocorrido? Por que fazer isso com alguém? Por que tanta frieza e crueldade? 
Da esquerda para direita: G.V.S., I.V.I., J.S.R. e B.F.O.: acusados crimes bárbaros (Foto: Plantão Policial PI)
O caso, ocorrido em Castelo do Piauí (que tem aproximadamente 18.400 habitantes, localizada no Sertão Norte do estado, a 190 quilômetros de Teresina) tem abalado parte do Brasil e ganhado repercussão internacional. A acusação da autoria de tamanha atrocidade recai sobre os adolescentes: B.F.O, 15 anos, G.V.S., 17 anos, I.V.I, 15 anos, e J.S.R, 16 anos. Eles são acusados de raptar, estuprar e tentar matar quatro meninas (duas de 15, uma de 16 e uma de 17 anos) no final da tarde de quarta-feira da semana passada, 27 de maio.
Os quatro garotos, assim como as quatro vítimas, são moradores da pequena e pobre Castelo. O crime imputado a eles e ao desempregado Adão José de Sousa, 40 anos (também preso), gerou revolta na cidade, que ainda vive clima de luto. Todas as quatro vítimas continuam internadas em estado delicado.
Eles são tidos como inimigos número um não só no município, mas também em quase todo o Piauí. Diariamente manifestações exigindo punição severa e até execução sumária são alimentadas em redes sociais virtuais e também em rodas de conversa.
Os garotos, tidos hoje como os "mais odiados" do estado inspiram a nova rodada de discussões nacionais sobre o debate para a redução da maioridade penal. Os quatro, presos horas depois do crime, foram transferidos de Castelo do Piauí, sob ameaça de linchamento. Durante a transferência chegaram a levar murros e safanões por parte de populares. Atualmente estão encarcerados em uma das duas unidades prisionais para menores de idade da capital, Teresina. Eles recebem vigilância constante. O maior de idade está na Penitenciária de Altos em ala de isolamento.
A reportagem do portal foi apurar quem são esses garotos, como eles viviam, quem são suas famílias, o que elas pensam sobre a monstruosidade que vitimou as quatro garotas. Descobriu muitas histórias e revela, em uma série de duas reportagens, que o problema está mais próximo de acontecer em proporções e dimensões maiores em vários rincões do Piauí. É uma epidemia quase nacional de jovens atolados nas drogas, na criminalidade, sem estudar, sem saber ler e escrever e sem perspectiva de vida.
Os quatro garotos, apesar de morarem em pontos distintos da cidade, não terem grau de parentesco e terem crescido em lugares diferentes, têm várias características em comum.
Pórtico da entrada da cidade de Castelo do Piauí. Luto informal e revolta generalizada / Foto: João Brito Jr/O Olho
Eles não estudavam, tendo vários problemas nas escolas que já frequentaram, com histórico de abandono da vida de aulas. São também semi-analfabetos, moram em lugares periféricos em situações de miséria, têm famílias desestruturadas, com histórias de loucuras, depressão, abusos, abandono, revolta e descontrole.
Os quatro também têm várias passagens pela polícia (com um deles com quase uma centena de cconduções à delegacia local), além de serem usuários de drogas e assíduos frequentadores de lugares de venda de entorpecentes na cidade. Dois deles, inclusive, já tinham passagens pelo CEM (Centro Educacional Masculino), lugar de encarceramento de menores infratores do estado, em Teresina.
Todos os garotos não têm advogados - nenhum da cidade aceita assumir o caso - e ainda não foram visitados por nenhum dos parentes.
As famílias estão com medo e duas delas já foram ameaçadas, uma, inclusive, de expulsão da cidade. Uma das famílias, no início do ano, já tinha sido expulsa do bairro em que morava por conta das ações criminosas de um dos menores.
Confira as histórias de cada um dos acusados de envolvimento no caso:
HISTÓRIA DE TENTATIVAS DE ESTUPROS NA PRÓPRIA CASA
Na esquina de uma das ruas sem pavimentação do bairro Reffsa, na extrema periferia de Castelo do Piauí, moram a dona de casa Elisabeth Vieira da Silva, 35 anos, e sua mãe, a aposentada Francisca Vieira da Silva, 60 anos, proprietária do casebre construído há mais de 30 anos. Elas são, respectivamente, mãe e avó do adolescente mais velho, acusado pelo crime que abalou o Piauí, G.V.S., 17 anos.
Elizabeth: uma das mães. História de tentativa de estupro em casa. Está grávida de três meses /  Foto: João Brito Jr/O Olho
A residência está, em linha reta, a menos de 500 metros do morro do Garrote (local em que ocorreu a barbárie). Da porta da casa observa-se o lugar exato em que as garotas foram violentadas.
Na rústica residência, que tem como principal eletrodoméstico uma televisão do século passado, poltronas com mais de 20 anos de uso e muita simplicidade, além da mãe, da avó e do adolescente, ainda moram mais cinco outras pessoas: duas filhas gêmeas de seis anos, um filho de nove anos, um de 12 anos e um de 19 anos, que sofre sérios problemas mentais.
Toda essa prole sobrevive do auxílio do Governo Federal, o Bolsa Família, e da aposentadoria de um salário mínimo do jovem deficiente. Vez por outra aparece na residência o marido de Elizabeth, padrasto de G.V.S.. O esposo passa vários dias fora de casa. A dona de casa diz que o marido é alcóolatra e muito violento. Ela está grávida de três meses.
G.V.S. estudou apenas até a 6ª série, mas mal sabe ler. Sua escrita não deixa muita diferença a crianças com menos de sete anos de idade. Fazia anos que estava afastado da escola. Já tinha frequentado vários colégios da cidade. Tantas mudanças era devido ao fato de ser considerado um aluno violento e colecionar um histórico de expulsões, tido por boa parte dos educadores de Castelo do Piauí como um “rapaz problema”.
Os parentes dizem que faz tanto tempo que ele deixou de estudar que nem se recordam mais quando foi que abandonou os estudos. Só se lembram da última expulsão, da escola Valdemar Sá, quando G.V.S. foi às vias de fato com um colega. Os dois rapazes, nas palavras da mãe, quase se mataram de tanta agressão física.
Perguntada se acha que o filho tem algo a ver com o crime, Elisabeth foi categórica em afirmar que tem dúvidas. A revelação dela, para tentar inocentar o filho, é porque o mesmo era contra o irmão, deficiente mental, tentar abusar sexualmente as irmãs mais novas. “O mais velho, que é fraco do juízo tentava sempre bolinar com as meninas e ele era muito contra isso. Como é que ia estuprar alguém se ele não permitia o irmão fazer isso com as irmãs e sempre brigava quando o irmão queria fazer alguma coisa”, questionou a mãe.
PASSAGEM PELO “CEM” E PERDA DA CONTA DE VEZES QUE ESTEVE PRESO
Elizabeth Silva assume que o filho tem várias passagens pela polícia, inclusive internação no CEM, em Teresina. “Ele começou com 13 anos. A ficha é grande. Perdi as contas do tanto de vez que ele foi preso. Em Teresina ele passou um mês e 45 dias preso. Ele roubou umas joias. Não andava armado”, falou. A mãe também assume que sabia que o filho era usuário de drogas. “Mas era maconha”, tentou justificar.
Mãe e avó de adolescente acusado de cometer um dos crimes mais chocantes da história do Piauí / Foto: João Brito Jr/O Olho
Depois de novamente ser perguntada se acreditava que o filho realmente estaria ou não envolvido no caso, ela respondeu não e sim. Não (na opinião dela), devido ao fato do adolescente ser contra o irmão nas tentativas de violência sexual contra as irmãs, e sim porque no dia do crime ele estava "meio estranho" e teria voltado para casa "desconfiado".
Elizabeth Silva conta que em 27 de maio, como quase todos os dias, G.V.S. passou o dia sem fazer nada e “na rua”. Ela diz ter ido ao centro deixar as duas filhas menores na escola e depois aproveitou para fazer compras e esperar as meninas de volta. A mãe do menor diz ter visto o filho de novo por volta das 17h. Depois ele teria saído de casa e só retornado às 23h, drogado e desconfiado.
“Tinha muita movimentação de pessoas e de polícia na rua (nesse momento a cidade se desesperava para procurar as meninas, ainda desaparecidas). Ele apontou para o morro e disse que talvez tinham matado alguém lá”, revelou a mãe. Esse é um detalhe que pode ajudar a incriminar o jovem e provar que a intenção dos cinco envolvidos era realmente matar as garotas após rapta-las, estupra-las e amarra-las.
Elizabeth Silva conta que chegou a ir ao hospital de Castelo do Piauí ver a movimentação do caso. Mal sabia que horas depois o filho seria preso por aquele crime. Policiais chegaram a passar pelo adolescente durante aquela noite, mas ele ainda não tinha sido apontado pelos comparsas.
O adolescente foi o último, dos quatro, a ser detido. Ele foi encontrado dormindo em casa no meio da madrugada. No início tentou negar, mas, minutos depois, os policiais já voltaram com ele, algemado, dando detalhes do ocorrido.
“Eu ainda não fui ver ele em Teresina. E nem quero. Não aguento. Estou com problema de pressão e não posso tomar remédio porque estou grávida. Se ele fez tem de pagar. Se for culpado não quero mais ele como filho, porque a população não vai esquecer. Se soltar o povo mata ele. Já falaram isso para mim”, revelou Elizabeth Silva, em tom de tristeza. Ela conta que a família tem recebido ameaças para deixar a cidade.
“O povo vira as costas para mim. Eu não sou culpada. Não botei estuprador no mundo. Não nasce escrito que ele seria assim”, finalizou.
Quando a reportagem estava saindo da residência, o padrasto de G.V.S. estava chegando na casa. Estava visivelmente alterado e iniciou uma discussão com a mãe do adolescente.
COMEÇOU A ROUBAR DESDE OS OITO ANOS DE IDADE
Era quase 14h30. Fazia mais de 40ºC. Um calor infernal. No pequeno galpão, transformado em casa de três cômodos, mora o adolescente I.V.I, 15 anos. Na residência estava o marceneiro aposentado Manoel Izaias, 63 anos, pai do menor, e os dois irmãos mais novos. Naquele horário o almoço ainda estava sendo preparado. Em uma única panela de pressão estavam sendo cozidas unhas de boi. As duas crianças, irmãs dele (M., três anos, e J., dois anos) estavam inquietas. A fome e a curiosidade da visita dos repórteres era notória.
Manoel Izaias: remédios controlados, evita sair de casa e filho que começou muito cedo na criminalidade / Foto: João Brito Jr/O Olho
I.V.I. é o segundo filho. Há um mais velho, que tem 16 anos e não mora com os pais. Vive, como o próprio Manuel Izaias destacou, “amancebado com uma menina”.
A casa estava muito bagunçada. Havia muita sujeira dividindo espaço com a simplicidade do lugar. As paredes estavam riscadas e as camas desarrumadas. O único utensílio que parecia ter menos de cinco anos era uma geladeira. Não havia guarda-roupas. Uma mesa, cheia de malas velhas, fazia as vezes de lugar em que eram colocados as roupas dos moradores da casa. O lugar não tinha porta. A rua é dividida por um portão, que é fechado com dois panos que servem de cortinas.
Os pais e as crianças dormem em duas camas, todas separadas do que é a sala por um balcão (parece que antes o lugar era um bar). I.V.I. dormia em uma rede, também no pequeno salão. Ele foi preso em casa enquanto descansava na rede (que ainda continua no mesmo lugar e armada, como se esperasse a volta do dono). Pelo humor do pai, sua presença não está fazendo falta.
A residência em que moram, na região de limite entre o Centro e a periferia de Castelo do Piauí, foi cedida pela irmã do pai do garoto. Ele conta, constrangido, que até o início do ano moravam no bairro Cohab, mas, por causa de série de crimes cometidos por I.V.I. terminaram expulsos da região.
A família de I.V.I. vive da aposentadoria do pai do garoto, que é inválido e toma remédios controlados, e do Bolsa Família. São sustentados por menos de R$ 1 mil mensais.
O garoto nasceu em São Paulo. Veio para Castelo do Piauí aos quatro anos de idade. Ele só recebeu seu primeiro documento de identidade com mais de dois anos de vida.
Aniversário de 12 anos de I.V.I. o último. Outros foram comemorados em bocas de fumo
I.V.I. completou 15 anos no 1º dia deste ano. Ele não teve festa com a família (a última – como destacado na foto – foi aos 12 anos – com direito a bolo e refrigerantes, patrocinados pela madrinha). O aniversário de debut foi comemorado regrado a muita droga em uma boca de fumo da região.
Diariamente o rapaz, tido como o mais frio e o com mais passagens pela polícia dos quatro menores envolvidos no caso das garotas, usava crack. Para alimentar o vício roubava, furtava e atacava vítimas. Não escolhia idade, nem lugar. Era contumaz corredor. Já tinha avançado do cargo de tomador de celulares e produtos para abordador de pessoas usando facas e facões.
Sob encomenda, furtava motos e as levava para o vizinho município de Juazeiro do Piauí. O esquema rendia algumas pedras de crack para sustentar o vício.
Em um desses crimes, perseguido por policiais, se acidentou em uma moto. Levou quase 40 pontos na cabeça; sofreu várias raladuras no corpo, mas não deixava de roubar.
A foto dele divulgada em redes sociais, que está com uma espécie de penteado moicano (mas ao contrário) não é um estilo, mas a raspagem capilar por causa da cicatrização dos pontos depois do acidente.
O currículo de I.V.I. é estendido por quase cem passagens pela delegacia de Castelo do Piauí. Somente no ano passado e este ano ele coleciona nove processos já em tramitação na Justiça.
Segundo a Polícia Civil de Castelo do Piauí, fora os seus últimos crimes que terminaram o tornando famoso, semana passada ele espancou e roubou o comerciante Joaquim Laurentino de Oliveira. Também segundo a polícia, esse assalto foi feito em parceria com o adolescente B.F.O., 15 anos, também preso sob acusação da barbárie contra as estudantes. No dia 27 de maio, o mesmo dia do crime de estupro coletivo, I.V.I. é acusado de ter roubado uma moto no período da manhã.
“Ele aprontava praticamente todo dia. Era o terror da cidade”, revelou um dos policiais civis de Castelo do Piauí, dizendo que somente ele já tinha prendido I.V.I. mais de 20 vezes.
O pai do garoto diz que I.V.I. começou a realizar roubos desde os oito anos de idade. De lá nunca mais parou de cometer crimes.
“Ele odiava a mãe”, revelou Manoel Izaias. I.V.I., por várias vezes, teria tentado (e conseguido) agredir a própria genitora. Em compensação o pai disse que o menino nunca tinha levado uma surra caseira. “Só apanhou da polícia”. O motivo de tanto ódio era porque a dona de casa Patrícia Visgueira Izaias, 38 anos, o queria sempre na escola. “Esse ano ele foi matriculado e ficou três dias no Colégio Osmarina. Nunca mais foi lá”, destacou o pai. “Para ele nada acontecia. Não se importava”. I.V.I. estudou até a terceira série. Sua assinatura nos inquéritos e processos judiciais constatam que ele mal sabe escrever: desenhava o nome.
“Ele só aparecia aqui em casa para comer, banhar e dormir. Passava o dia na rua”, revelou o pai que revela saber que o filho é usuário de drogas pesadas. “Na outra casa ele tentou levar drogas para lá. Eu não aceitei”, confessou o pai de I.V.I.
Nem a própria casa escapava. O garoto, segundo o próprio pai, já tinha roubado três facões, batedeira e aparelhos celulares. Outra prática de I.V.I. era “sequestrar” o celular da mãe. O crime consistia no garoto “sumir” com o aparelho e dizer que só devolvia se dessem dinheiro para ele. “Ele recebia o dinheiro, geralmente R$ 50, e ainda sumia com o aparelho. Ia tudo para a droga”, disse, envergonhado o pai do menino.
JÁ TENTOU MATAR ATÉ POLICIAL
Um dos casos que transformou I.V.I. em um dos bandidos mais temidos de  Castelo do Piauí foi quando ele tentou matar um dos policiais militares da cidade. O PM tinha ido prendê-lo. Para não ser levado o adolescente atacou o policial com uma faca. O crime só não foi consolidado porque outros policiais, apontando armas para o adolescente, o fizeram desistir do intuito.
“Ele tinha coragem de fazer isso. Mais cedo ou mais tarde ia aprontar mesmo”, revelou um dos PMs que estava de plantão no Grupamento de Policiamento Militar da cidade. “Olha só a cidade como está tranquila”, refletiu.
I.V.I. já esteve no CEM, em Teresina, duas vezes. O juiz da cidade preparava o terceiro pedido para esta semana. Voltou novamente agora pelos crimes de estupro e tentativa de homicídio.
Desde a última prisão na capital do Piauí, terminada em fevereiro deste ano, em vez de vir para casa foi direto para uma boca de fumo. Voltou a delinquir no mesmo dia e só parou novamente após ser preso acusado de ser estuprador das meninas.
O pai diz saber que o filho se envolveu com gente errada e afirma que o mesmo tem de pagar caso seja comprovado que está no meio dos que estupraram e tentaram matar as meninas. Diz não se preocupar muito nem se impressionar com o que pode ocorrer com o filho. “Senão não durmo. Os remédios controlados que tomo não resolvem se eu me preocupar”. Mas confessa que tem medo de boatos. Alguns deles, espalhados e repetidos na cidade, dão conta de que os adolescentes acusados foram esfaqueados na prisão em Teresina.
Seu Manoel passa o dia em casa, cuidando dos filhos. Ele guarda com carinho um álbum com fotos de quando I.V.I. era criança. Sobraram nove fotos. Outras foram destruídas em ataques de fúria. Em uma delas há um recorte na cabeça do pai. “Ele fez isso dizendo que era meu chifre. Só Deus para ajeitar tudo isso e ajeitar esse menino”, finalizou.
MÃE DEPRESSIVA, IRMÃO REVOLTADO
Casa simples em que mora o adolescente mais novo, acusado de ser um dos autores do crime /  Foto: João Brito Jr/O Olho
B.F.O. é o mais novo dos quatro adolescentes acusados de terem cometido um dos crimes mais chocantes da história do Piauí. Também é o menor em tamanho e, ao menos visualmente, é confundido facilmente com uma criança.
Franzino e quase raquítico, dividia um dos quatro cômodos da pequena casa do conjunto Vila Nova, também na periferia de Castelo do Piauí, com o irmão de 16 anos, e a irmã, de 14 anos. Mora também com a mãe, a dona de casa Cristiane Maria Fernandes, 40 anos, e o pai, o vendedor de peixes e galinhas, José Márcio Oliveira.
Ele reside ali há pouco tempo, desde outubro de 2014. A casa, localizada em uma rua sem pavimentação e sem saída, foi dada à família, muito pobre, em um dos programas assistenciais do governo. Também recebem o Bolsa Família, principal renda da casa. Há poucos utensílios domésticos e o único eletrodoméstico é um rádio. Mesmo muito pequena tem muito espaço sobrando. O único utensílio grande é um guarda roupa bem castigado pelo tempo e uso.
B.F.O. só virou cidadão brasileiro de verdade quase dois anos depois. Nasceu em 21 de janeiro de 2000, mas só obteve certidão de nascimento em 31 de outubro de 2001.
Depois do crime, dona Cristiane passa o dia na porta de casa. Suas únicas companhias são três cachorras (uma delas muito valente e outra muito simpática) criadas pela família. Ela, que sofre de depressão há quase 15 anos (inclusive com internações no hospital psiquiátrico Areolino de Abreu, em Teresina) chora e se entristece. É dependente de três tipos de medicamentos psiquiátricos. Ainda não viu o filho após a prisão.
De todos os parentes entrevistados dos quatro adolescentes acusados pelo crime Cristiane Fernandes é a única a dizer que tem certeza absoluta que o filho é inocente.
Mãe está com depressão e toma vários remédios controlados. Filho abandonou escola na 5ª série / Foto: João Brito Jr/O Olho
Ela admite que o filho parou de estudar na 5ª série. “Ele não queria ir mais”, comentou, sobre o fato de B.F.O. não frequentar a escola e passar o dia ocioso. “Ele gostava de sair”. A mãe também diz que não sabia que o filho tinha sido preso outras vezes e que respondia a vários crimes, inclusive o espancamento e assalto a um idoso.
No momento da entrevista com dona Cristiane Fernandes, o irmão do adolescente chegou à residência. Ele diz que algumas pessoas da cidade o confundem com o irmão. Visivelmente irritado também acha que o irmão é inocente. “Ele fazia era dispensar as meninas que queriam ficar com ele. Então por que iria fazer isso?”, indagou.
A mãe de B.F.O. diz temer vingança com a família. Ela lembra que nunca tirou uma foto com o filho e também que nunca soube do envolvimento do filho com entorpecentes.
DROGAS E VERGONHA DO PAI
O adolescente J.S.R, 16 anos, nas últimas semanas estava trabalhando. Fazia bicos de operário braçal na construção da casa de um dos vereadores de Castelo do Piauí. Passava parte do tempo no trabalho e outra parte consumindo drogas lícitas, principalmente cachaça, e também drogas ilícitas.
O emprego era uma chance dada pelo político como incentivo para o rapaz sair da vida da criminalidade.
Ele foi o primeiro a ser preso justamente por voltar com sinais de estar drogado, com roupa suja e calça manchada de sangue.
Desde que o crime ocorreu, a residência está fechada. Mãe de adolescente teme represálias / Foto: João Brito Jr/O Olho
A mãe de J.S.R., a dona de casa Ana Maria Rodrigues, teve de se mudar de casa por ameaças. Ela morava sozinha com o adolescente em um casebre nas proximidades de uma lagoa do bairro Cohab. Somente um cachorro e algumas roupas estendidas há dias no sol denunciavam que alguém habitava o cubículo, feito de taipa. O lugar estava fechado a corrente. De todas as casas dos quatro acusados, é a menor e a mais simples.
Os vizinhos limitam-se a observar e a fazer especulações. Muitos deles passam o dia na porta observando a movimentação de pessoas na casa.
Ana Maria estava separada do pai do garoto desde o final do ano passado. Ela não consegue falar sobre o caso. Perguntada sobre o que acha de tudo isso, começou a ficar nervosa e a soluçar.
O pedreiro Francisco Antônio Jerônimo, 40 anos, mora com a mãe, no Centro de Castelo do Piauí. Eram nítidas as expressões de vergonha que estava sentindo pelo ato que o filho é acusado. Ele diz que a família está toda abalada, mas que compreende que sofrimento maior é o das famílias das meninas. “O crime é imperdoável”, frisou o pai.
Perguntado se acha que o filho tem algo a ver com o brutal crime relatou que há testemunhas que dizem que J.S.R., no momento do ocorrido, estava juntando estacas. “Ele andava junto sim com os outros, mas de uns dias para cá eles estavam brigados”, revelou o pedreiro.
Francisco Jerônimo confirma que J.S.R. era usuário de drogas e já tinha sido preso algumas vezes.
Mas a principal revelação do pai do garoto é que sabe que se ele retornar à Castelo do Piauí será morto. “A cidade quer fazer isso. Se ele fez, que coma o pepino sozinho. A gente não apoia. Se errou tem de pagar o pato”, sentenciou.
Assim como os outros garotos os familiares de J.S.R. ainda não o visitaram em Teresina. A mãe alega condições financeiras e o pai disse que não quer ver o garoto.
O lugar em que as meninas foram atacadas virou ponto de peregrinação. Mais de 200 pessoas visitam diariamente o lugar. Muitos procuram pertences, outros especulam e quase a maioria quer vingança.
E NESTA QUINTA-FEIRA em O Olho – a segunda parte da reportagem: como realmente ocorreu o caso? Respostas e versões do passo a passo sobre o episódio que mudou para sempre a história de Castelo do Piauí e revoltou todo o estado.
Orlando Berti é jornalista. Atualmente é professor, pesquisador e extensionista do curso de Comunicação Social – Jornalismo – da UESPI – Universidade Estadual do Piauí (campus de Teresina). É mestre e doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (com doutorado-sanduíche na Universidad de Málaga – Espanha). Faz Pós-doutorado em Comunicação, Região e Cidadania na Universidade Metodista de São Paulo. Atualmente desenvolve pesquisa de etnografia das redações, tentando entender o jornalismo piauiense na prática e os fenômenos sociais contemporâneos. É vice-presidente da Rede Brasileira de Mídia Cidadã.
** João Brito Júnior é jornalista. Há mais de dez anos atua como fotojornalista. Tem experiência em veículos de comunicação do Piauí e de outros estados (como o jornal Folha de São Paulo). Atua como fotojornalista free lancer de várias publicações nacionais e internacionais. Tem dezenas de trabalhos autorais expostos dentro e fora do Brasil. Atualmente é editor de Fotografia do portal.

fonte portal o olho