Foto:Roberta Aline/ Cidadeverde.com
Atualizada às 10h de segunda-feira (25)
Mais um preso da Cadeia Pública de Altos morreu na noite desse domingo (24). Já é o quinto presidiário que morre vítima de uma infecção contraída na unidade prisional supostamente por uma contaminação da água.
Segundo nota do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Isaac Gomes de Oliveira foi internado no dia 16 de maio na unidade de saúde e morreu com lepstospirose.
A leptospirose é uma infecção causada pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, por meio do contato com água, solo ou alimentos contaminado. O quadro de Isaac se agravou e ele foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva, tendo que ser entubado, no dia 23 de maio.
O portal tentou, mas não conseguiu contato com o secretário de Estado da Justiça, Carlos Edilson, para comentar as mortes do presos. Mais de 20 detentos seguem internados com quadro infeccioso.
Veja nota do HGV
O Hospital Getúlio Vargas (HGV) confirma o falecimento do paciente Isaac Gomes de Oliveira, no dia 24 de maio. Ele foi admitido no dia 16 de maio no HGV, o quadro se agravou e foi transferido para UTI no dia dia 23 de maio, mas não resistiu a doença e veio a falecer no dia seguinte, com leptospirose.
Matéria original
Morreu na manhã deste domingo (24) o detento Robert Ozeas da Silva Pereira. Ele é o quarto preso da Cadeia Pública de Altos a morrer vítima de uma infecção misteriosa contraída na unidade prisional.
Robert estava internado com quadro de insuficiência renal no Hospital de Urgência de Teresina. Os presos que morreram são identificados como Francisco Wellington Moraes Santos, Martoniel Costa Oliveira e Jeferson Linhares Silva. Todos estavam com sintomas semelhantes e as mortes aconteceram em menos de duas semanas.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) ainda não informou com certeza o que provocou a infecção dos presos. Na última quarta-feira (20) o secretário Carlos Edilson disse que o laudo preliminar apontava uma possível contaminação na água da unidade prisional.
Hoje o governo do Piauí se manifestou sobre o caso e confirmou que 23 presos estão internados com quadro de náuseas, vômitos e tonturas. Os que apresentam sintomas mais graves são transferidos para o Hospital da Polícia Militar (HPMPI) ou para o Hospital Getúlio Vargas (HGV). O Cidadeverde.com obteve a informação de que um deles tem dificuldade para andar e outro teve que ser entubado após ter falta de ar. Todos fizeram testes para Covid-19 e os resultados foram negativos. Ele ainda realizaram exames de sorologia para leptospirose , hemocultura e urocultura e aguardam resultados.
No HGV, o governo do Estado afirma que uma nova ala, com 20 leitos, está sendo organizada para o tratamento desses casos.
Desde que relatada a suspeita de contaminação por água, a Sejus afirma que realizou a limpeza da caixa d’água e tubulação da unidade e garante que irá implementar o tratamento da água. Também foi instalado um dosador de cloro no poço. Enquanto a situação é resolvida, internos e servidores consomem apenas água mineral.
“Estamos dando atenção especial para a situação. Desde a detecção dos casos todo o tratamento necessário está sendo oferecido. Na enfermaria da Cadeia de Altos temos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que estão fazendo o acompanhamento, tratamento e encaminhamento dos detentos. Todos estão sendo atendidos”, disse o secretário de Justiça, Carlos Edilson, por meio de nota.
Veja nota completa do governo
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesapi) e Secretaria de Justiça (Sejus), está reforçando o atendimento aos detentos da Cadeia Pública de Altos que estão com infecção. Na unidade, uma enfermaria foi instalada para o atendimento e acompanhamento dos internos e, aqueles que apresentam sintomas mais graves são transferidos para o Hospital da Polícia Militar (HPMPI) ou para o Hospital Getúlio Vargas (HGV). No HGV, uma nova ala, com 20 leitos, está sendo organizada para o tratamento desses casos.
Até o momento, 23 detentos estão internados e a suspeita é que a infecção seja por contaminação da água. Desde que relatada a suspeita, a Sejus realizou a limpeza da caixa d’água e tubulação da unidade, bem como irá implementar o tratamento da água. Também foi instalado um dosador de cloro no poço. Enquanto a situação é resolvida, internos e servidores consomem água mineral.
“Estamos dando atenção especial para a situação. Desde a detecção dos casos todo o tratamento necessário está sendo oferecido. Na enfermaria da Cadeia de Altos temos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que estão fazendo o acompanhamento, tratamento e encaminhamento dos detentos. Todos estão sendo atendidos”, disse o secretário de Justiça, Carlos Edilson.