Permissionários do Mercado Central de Teresina sofrem com baixa procura
Comerciantes estimam que vendas diminuíram cerca de 30% e acreditam que reforma no local esteja prejudicando as visitas.
O Mercado Central São José é o mais antigo de Teresina, com mais de 150 anos de existência. O local é referência turística por conta da presença marcante do artesanato e de produtos alimentícios regionais. Ari Ferreira comercializa produtos voltados para turistas, como camisetas, chaveiros, chapéus e bolsas. Ele afirma que os turistas sumiram do Mercado. “As vendas caíram bastante em relação ao ano passado, talvez mais de 30%, e os turistas, que costumavam aparecer em grande número a partir do mês de dezembro, ainda não apareceram”, disse.
Ari Ferreira destaca que uma série de fatores está causando as poucas vendas no local. “O Mercado Central está muito desorganizado e a reforma, que começou há meses e ainda não tem previsão de conclusão e acaba atrapalhando nossas vendas”, relata.
Foto: Marcela Pachêco/O Dia
A costureira Ediana Araújo fabrica bolsas e chapéus de couro que, geralmente, atraem a atenção dos consumidores de outros estados e até países. “Ano passado, nessa mesma época, as vendas foram bem melhores. Alguns turistas aparecem de vez em quando, mas, no geral, o movimento diminuiu bastante em todo o Mercado”, conta.
A permissionária Juvaneide Leite possui uma loja de produtos alimentícios artesanais. São os doces e bebidas que ela mesma fabrica. “Os licores de menta, as cachaças artesanais e o vinho de caju saíram bastante ano passado, mas agora as vendas diminuíram porque os turistas, principais compradores, não estão frequentando o mercado como antes”, afirma.
A reforma do Mercado Central São José, também conhecido como Mercado Velho, teve início em junho de 2013. Boxes provisórios foram montados para abrigar permissionários cujos locais estão passando pela reforma. No início do ano, o teto que abriga os quatro galpões do setor de Artesanato do Mercado começou a ser trocado. Após a conclusão da reforma, todos os comerciantes deverão voltar para seu espaço de origem. A reforma foi dividida em três partes e o valor total da obra é de R$ 23 milhões.