terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Rejane Dias escolheu um 'ficha suja' para ocupar chefia do Incra no Piauí


Rejane Dias escolheu um 'ficha suja' para ocupar chefia do Incra no Piauí

Resta saber se com o histórico que tem o ex-prefeito, seu nome passará pelo crivo da ABIN

Poderosa na gestão Wellington Dias, a mulher do governador, Rejane Dias, que está à frente da Secretaria de Educação, fincou o pé no nome do ex-prefeito de União, José Barros Sobrinho (PT), para ocupar o INCRA no Piauí. O problema é que o ex-gestor já foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Na condenação imposta pelo colegiado, José Barros foi obrigado a restituir quase R$ 1 milhão aos cofres públicos, ao ter reprovadas as contas da prefeitura sob a sua gestão referente ao exercício de 2010.

O valor exato é da ordem de R$ 867.529,30, justamente referentes a um desfalque nas contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização Profissional da Educação (FUNDEB).

Não bastasse esse vespeiro, o Tribunal recomendou que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal tomassem as providências legais cabíveis em relação às irregularidades detectadas num contrato firmado entre a prefeitura e a empresa Charter Transportes Ltda, parceira no uso dos recursos oriundos do FUNDEB.

Ironicamente, o ex-prefeito está prestes a ser premiado com um cargo que ficou na cota da atual secretária de Educação do estado após o rateio entre os membros da bancada federal do Piauí.

A falta de zelo neste caso com a opinião pública é gritante, ao revelar que a responsável pela pasta da Educação irá nomear para um cargo federal um ex-prefeito acusado de surrupiar o FUNDEB, que está sob a tutela administrativa da deputada licenciada petista.
Na bastasse tamanha disparate, ainda existem contra José Barros outro punhado de processos por improbidade administrativa.

ABIN
A dúvida é saber se a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que tem incumbência de bisbilhotar os nomes que ocuparão cargos no âmbito federal, fará boas recomendações à presidente da República sobre o indicado de Rejane, liberando a nomeação do piauiense. Se assim o fizer, a elasticidade moral do governo Dilma realmente se mostrará bem ampla.

Porém, como se trata de um cargo distante dos holofotes da grande imprensa, pode ser que o Palácio do Planalto seja maleável, o que não quer dizer que haja prudência neste aspecto por parte do governo federal.
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fonte 180graus.com