ALEGRETE: Corpos das vítimas começam a ser liberados
SEIS PESSOAS EXECUTADAS: Polícia começa a ouvir os suspeitos, presos em Fronteiras
Até as 20h30 desta quarta-feira (19/08), pelo menos três dos seis corpos das vítimas da chacina ocorrida na noite desta terça (18), na zona Rural de Alegrete do Piauí, tinham sido liberados pelo equipe que está trabalhando no necrotério do Hospital Regional Justino Luz, em Picos. Os corpos estão sendo preparados para o velório pela funerária Pasfran. A previsão é de que até o final da noite os demais corpos sejam liberados.
O velório irá acontecer na mesma localidade onde o crime ocorreu, em uma residência bem próxima ao local da chacina. O velório irá acontecer na própria comunidade e está previsto para o início da manhã.
SUSPEITOS SÃO OUVIDOS
A polícia ainda não divulgou os nomes dos quatro presos suspeitos de envolvimento com o crime. Dois deles foram levados à residência na zona Rural de Alegrete e estão sendo mantidos presos na cidade de Fronteiras. Nesta tarde eles foram ouvidos e os delegados que estão acompanhando o caso fizeram diligências na região para ouvir dos vizinhos o que eles viram ou ouviram na noite de ontem.
A polícia ainda não divulgou os nomes dos quatro presos suspeitos de envolvimento com o crime. Dois deles foram levados à residência na zona Rural de Alegrete e estão sendo mantidos presos na cidade de Fronteiras. Nesta tarde eles foram ouvidos e os delegados que estão acompanhando o caso fizeram diligências na região para ouvir dos vizinhos o que eles viram ou ouviram na noite de ontem.
A prisão preventiva dos suspeitos já foi pedida e o secretário de Segurança Fábio Abreu aguarda decisão da justiça.
“Os suspeitos possuem parentescos com as vítimas. Foram detidos, pois há fortes indícios da participação. Eles não confessaram ainda, mas pelo histórico deles, e pelos depoimentos de testemunhas, já foi solicitada a prisão preventiva. Isso serve para que nós apuremos melhor nos próximos 30 dias e evitemos que eles fujam. Se não conseguirmos provar a participação deles, vão ser colocados em liberdade”, afirmou.
O secretário afirmou que o delegado Paulo Nogueira vai assumir o caso e que os conflitos entre os suspeitos e as vítimas são antigos. “Todos que moram naquela região possuem algum tipo de parentesco, e há muitos conflitos. Há desentendimentos familiares, misturando com passionalidade”, explicou
VÍTIMAS JÁ HAVIAM SIDO AMEAÇADAS
O secretário confirmou à reportagem do portal que as vítimas haviam recebidos ameaças. “Inclusive solicitamos o mandado de busca e apreensão e foram encontradas armas na casa das vítimas. Na ocasião o irmão da Maria do Socorro assumiu a posse, foi detido, mas pagou fiança. A rixa continuou até que houve consumação dos assassinatos”, disse.
O secretário confirmou à reportagem do portal que as vítimas haviam recebidos ameaças. “Inclusive solicitamos o mandado de busca e apreensão e foram encontradas armas na casa das vítimas. Na ocasião o irmão da Maria do Socorro assumiu a posse, foi detido, mas pagou fiança. A rixa continuou até que houve consumação dos assassinatos”, disse.
PERFIL DAS SEIS VÍTIMAS
O portal chegou na manhã desta quarta-feira (19/08) ao local da chacina que deixou seis pessoas mortas na cidade de Alegrete do Piauí, na noite de ontem. Os corpos das vítimas só foram removidos nesta manhã, 14 horas depois do crime por enfermeiras do hospital Justino Luz, de Picos. Duas ambulâncias, uma da cidade de Alegrete e outra de São Julião, foram usadas na remoção.
O portal chegou na manhã desta quarta-feira (19/08) ao local da chacina que deixou seis pessoas mortas na cidade de Alegrete do Piauí, na noite de ontem. Os corpos das vítimas só foram removidos nesta manhã, 14 horas depois do crime por enfermeiras do hospital Justino Luz, de Picos. Duas ambulâncias, uma da cidade de Alegrete e outra de São Julião, foram usadas na remoção.
Entre as vítimas está Maria do Socorro Carvalho, de 23 anos, conhecida como ‘Galega’, suspeita de envolvimento em dois homicídios na região e que estava sendo monitorada pela polícia. Morreram ainda Cícero Domingos de Carvalho e Francisca Luiza de Carvalho, avós de Maria do Socorro, a mãe Silvia Francisca de Carvalho, o irmão Sildo de Carvalho e ainda o primo, Bartolomeu Gomes.
Cícero Domingos de Carvalho - Conhecido como Ciço, ele era aposentado e vivia dentro de casa pois há muito tempo sofria com problemas no coração.
Francisca Luiza de Carvalho - Esposa de Ciço, era dona de casa.
Silvia Francisca de Carvalho - Conhecida pelos vizinhos como Silvinha, tinha um pequeno comércio próximo à casa onde ocorreu o crime e vivia junto com um morador da comunidade.
Maria do Socorro Carvalho - ‘Galêga’, apelido da jovem, tinha 23 anos e estudava. Vivia viajando por causa dos estudos e costumava passar maior parte do tempo na cidade de Picos.
Sildo de Carvalho - Filho adotivo do casal de idosos, trabalhava na roça, tinha uma pequena criação de gado e era dono de uma das motos encontradas no local.
Bartolomeu Gomes - Estava visitando a família na hora do crime. Era dono da moto que estava do lado de fora da residência.
*As informações foram prestadas pelo primo de Cícero, Francisco Geraldo Ramos.
Em um morro próximo à residência onde o crime ocorreu foram encontradas pelo menos seis cápsulas de 38, além das chaves das duas motos pertencentes à família. Da residência, a polícia apreendeu um notebook e uma bolsa, que pertencia a Galega.
O sargento Oliveira, um dos primeiros a chegar no local, reforçou a tese de que mais de uma pessoa tenha praticado o crime. “O que dá para entender é que foram mais de um, mas não podemos afirmar quantos são os acusados de fato. Com certeza as armas foram recarregadas, foram encontradas várias cápsulas e sabemos que nos cartuchos só cabem seis. Várias armas foram utilizadas”, disse, em entrevista ao portal.
SEGUNDA CHACINA EM MENOS DE 1 ANO
O caso chocou pela crueldade e por ter sido a segunda chacina registrada no Piauí em menos de um ano. Em outubro de 2014, cinco pessoas foram mortas por um atirador na cidade de São Miguel do Tapuio num suposto ato de retaliação contra moradores da comunidade Palmeira. Clewilson Vieira da Silva, de 36 anos, está preso pelo crime e recentemente foi submetido a exames de sanidade mental, que deram negativo.
O caso chocou pela crueldade e por ter sido a segunda chacina registrada no Piauí em menos de um ano. Em outubro de 2014, cinco pessoas foram mortas por um atirador na cidade de São Miguel do Tapuio num suposto ato de retaliação contra moradores da comunidade Palmeira. Clewilson Vieira da Silva, de 36 anos, está preso pelo crime e recentemente foi submetido a exames de sanidade mental, que deram negativo.
CARACTERÍSTICAS DE PISTOLAGEM
No crime ocorrido na noite de ontem, ainda não se sabe ao certo como os criminosos agiram. Até o momento, as informações são de que os atiradores teriam chegado à localidade de carro, estacionaram próximo a residência e seguiram a pé. Invadiram a casa, colocaram todos na sala - não se sabe se foi por coação ou por serem os acusados conhecidos das vítimas - e atiraram. Os atiradores sairam deixando as portas da residência abertas. Quando um familiar das vítimas chegou ao local encontrou todos, já sem vida.
No crime ocorrido na noite de ontem, ainda não se sabe ao certo como os criminosos agiram. Até o momento, as informações são de que os atiradores teriam chegado à localidade de carro, estacionaram próximo a residência e seguiram a pé. Invadiram a casa, colocaram todos na sala - não se sabe se foi por coação ou por serem os acusados conhecidos das vítimas - e atiraram. Os atiradores sairam deixando as portas da residência abertas. Quando um familiar das vítimas chegou ao local encontrou todos, já sem vida.
A secretaria de Segurança do Piauí, em nota, informou que a polícia encontrou recentemente armas na casa onde ocorreu a execução. Maria do Socorro, uma das vítimas na chacina, estava em posse das armas, e mesmo tendo sido presa, acabou sendo liberada. “O crime pode ter sido por vingança, mas não vamos esgotar qualquer outra linha de investigação, uma vez que nesta região, em um passado recente, era comum a prática de pistolagem”, informou o secretário Fábio Abreu.