sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

FILHO DE POLICIAL se despediu antes do pai sair de casa


FILHO DE POLICIAL se despediu antes do pai sair de casa

Estudante foi alvejado durante um assalto com um tiro no peito em frente à casa da avó

Na tarde desta sexta-feira (8), amigos do investigador da Polícia Civil Carlos Alberto Pimentel estiveram na residência de sua mãe, que fica ao lado da sua casa na Rua 13 de Maio, Zona Sul de Teresina, para prestar solidariedade aos familiares pela perda do filho, morto pela manhã por volta das 9h30, durante um assalto na frente da casa do pai, que fica ao lado da avó.
Bastante abalado, Pimentel contou que o filho, Robert Triguele Pimentel, estava concluindo dois cursos universitários e era filho único. Morava com a avó, ao lado de sua residência.
Segundo afirmou, logo cedo, antes de sair para o trabalho, o filho levou uma capa e lhe entregou, pois chovia no momento e ele faria o percurso de motocileta.
Pouco tempo após chegar ao trabalho, onde iria ouvir um repórter que foi agredido durante uma reportagem, que era Douglas Cordeiro, foi informado do assalto por telefone.
Sabendo que o filho havia sido socorrido e levado para o HUT, foi até ao hospital e lá recebeu a notícia de que o jovem não havia resistido, vindo então, ao óbito.
Robert saia de casa em sua motocicleta quando dois homens que chegaram à pé, anunciaram um assalto e dispararam um tiro que acertou seu peito.
Testemunhas afirmam que ele ainda andou cerca de cinco metros e caiu, na porta da casa em que morava com sua avó.
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ENTENDA O CASODois homens, na manhã desta sexta-feira (08) roubaram uma motocicleta Honda Bros, preta, placa PIL 2446, na Rua 13 de maio, próximo ao Mercado da Vermelha, zona Sul de Teresina e balearam no rosto o proprietário, filho do escrivão da Policia Civil, Carlos Alberto Pimentel, Robert Triguele Pimentel, 26 anos.
A vitima foi levada em estado grave para o HUT e de acordo com informações de policiais que se encontram no HUT, veio a óbito.
Ele saía de casa quando foi abordado pela dupla. de acordo com a policia ele não teria reagido, mas assim mesmo foi baleado.
Os assaltantes fugiram em direção à favela da Prainha, nas proximidades do Centro Administrativo. A policia realiza diligências em busca dos suspeitos.
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REALMENTE NINGUÉM ESTÁ A SALVO
Por Rômulo Rocha
A despeito das demais mortes que ocorreram neste período, houve a de uma professora que, com a filha, fazia compras em uma farmácia na zona norte, a senhora Ana Valéria Rocha Silva, de 32 anos, alvejada na frente da criança final de 2015.
Esta semana, um pedreiro foi morto dentro da Rádio Pioneira a facadas.Trata-se de Josémário Alves de Sousa.
E hoje o filho do policial escrivão da Policia Civil, Carlos Alberto Pimentel, um jovem estudante de nome Robert Triguele Pimentel, é morto da forma que foi.
Realmente ninguém está a salvo, e a culpa é do Estado, que não oferece educação de qualidade, não oferece emprego, que não oferece Saúde, mas, principalmente, não oferece perspectivas de vida, advindas da educação e da oportunidade de trabalho, fazendo com que os algozes sejam arrastados para o mundo das drogas e da criminalidade.
A Polícia do Piauí não pode salvar a todos, não tem estrutura para isso. E mais uma vez a culpa é do Estado. A Justiça é lenta. E os homens públicos estão mais preocupados em roubarem e arrumarem cargos para os seus.
A culpa também recai em quem vota, e escolhe pessoas incapazes de mudarem essa realidade.
Hoje se lê sobre mais um assassinato covarde, mas quem disse que amanhã não pode ser você a vítima, ou alguém que você conhece? Afinal de contas, ninguém está a salvo.
Mas o que impressiona é a passividade desse povo. Ninguém sai às ruas para realizar um grande protesto cobrando atitude do governo.
O problema é que quando não se pode ir para uma farmácia ou para uma escola sem ter medo de ser morto, algo está bastante errado...

fonte 180graus.com