sexta-feira, 6 de maio de 2016

Presidente da união umbandista repudia ritual em criança intoxicada e diz: "algo tenebroso"


Presidente da união umbandista repudia ritual em criança intoxicada e diz: "algo tenebroso"


O presidente da União dos Cultos Afro-brasileiro do Estado do Piauí (UCABEPI), o desembargador aposentado José Soares de Albuquerque, repudiou  nesta sexta-feira (6) os atos desempenhados pelo centro religioso Flor do Campo – local onde a menina Francisca Alice Silva Barreto, 10 anos, que morreu supostamente intoxicada e teria participado de ritual de purificação.
Em entrevista ao Jornal do Piauí, o chefe religioso disse que os rituais realizados no centro religioso Flor do Campo não são umbandistas. "Nós não praticamos mal na umbanda, nós não cortamos cabelo de ninguém e não fazemos marcas de cruz. Apenas rezamos. Isso que aconteceu com essa menina foi uma de desumanidade inominável, fica aqui o meu repúdio a quem faz esse tipo de coisa", afirmou.
Ao ver as imagens do centro onde a menina teria passado pelo ritual, o presidente da UCABEPI observou que muitos itens utilizados no local não representavam nada na religião umbandista. "São coisas que não têm nada a ver com nossa religião, isso é uma criatividade de quem está envolvido, que deve estar muito equivocada com os princípios do ubandismo", pontua José de Albuquerque.
Além de repudiar as atividades desenvolvidas pelo centro Flor do Campo e negar que tenham alguma relação com a umbanda, chefe religioso garantiu que o local não possuí nenhum registro junto a UCABEPI. "Eu tenho 63 anos de umbanda, desde quando aqui cheguei que pratico a religião, conheço todas as tendas espíritas do Piauí e de Teresina, jamais, em toda a minha vida, eu tomei conhecimento de algo tão tenebroso como isso", declarou José de Albuquerque.
Quimbanda 
Em sua avaliação sobre o centro Flor do Campo, o presidente da UCABEPI considerou que o local possa se tratar de um espaço para prática da quimbanda, uma linha dentro da umbanda que, no Brasil, tem uma conotação de "magia negra". "É um trabalho que se faz por auxiliares da umbanda, não quer dizer que seja o satanás personificado, mas para nós umbandistas é um capataz dessa entidade espiritual", explicou José de Albuquerque.
Confira a entrevista na íntegra:

fonte cidadeverde.com