segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ciro admite que PP pode romper com base antes de 2018

Ciro admite que PP pode romper com base antes de 2018

Falta de entendimento e interferência dos aliados de W.Dias nas eleições expõem 'rusgas'

- Pra bom entendedor
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Menos de 24 horas após o encerramento das eleições municipais, o senador Ciro Nogueira (PP) disse, em entrevista na TV Cidade Verde, que a relação com a base do governador Wellington Dias (PT) sai arranhada diante da disputa em defesa de seus candidatos. Disse ainda, que no momento, as feridas dessa relação “estão abertas”, e que precisará tratá-las, sob pena de não curá-las a tempo das eleições de 2018.
“Temos um projeto com o governador Wellington Dias, temos que sentar com ele para saber o que definir para o futuro. Sai arranhada a base. Houve excesso de força em municípios que eram aliados, e esqueceram municípios como Parnaíba. Ao invés de lutar contra os adversários, nos digladiando em municípios onde estávamos disputando. A base tem que ser rearrumada”, disse o senador.
Ele admitiu que a situação soma-se ao impasse com membros da base, iniciado ainda quando do rompimento do senador com a ex-presidente Dilma Rousseff, cassada pelo Congresso Nacional após o julgamento do impeachment.
“As feridas estão abertas, temos que passar a unção para cicatrizar. Porque se não houver isso, aí…”, afirmou, sendo interrompido por Elivaldo Barbosa, que mencionou mágoas também de membros do PMDB.
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Ciro confirmou que há uma mágoa muito grande da forma como alguns dos aliados do governador, que não tiveram “dimensão da responsabilidade com a base”, ameaçando que “não se ganha eleição só”.
“O PP também tem que enaltecer a relação com os nossos aliados. O PP não vai governar o Estado só, nunca. É fundamental. Mas tem de haver um sentimento com o todo. Wellington não é governador apenas de um partido”, pontua, confirmando ainda que, para 2018, se não houver esse entendimento, não há porque permanecer com a aliança.
Ele garantiu que está sendo cobrado na base dos partidos sobre a interferência do governo em alguns municípios que foram “massacrados”, e que como líder, terá de reagir.
Ao perceber que se empolgou nas declarações, Ciro tentou amenizar ao dizer que nomo mento ainda há “sangue muito quente”, e que precisa conversar com o governador, tanto para levar seus pontos, como para ouvir possíveis críticas.
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Derrota em Picos
Como já mencionou o 180, a derrota de Gil Paraibano em Picos foi a mais considerável para o senador. Foi onde ele mais se empenhou durante a campanha, apostando alto para a eleição do empresário. Ele também comentou sobre o assunto na entrevista. Defendeu que a Justiça Eleitoral deva investigar a campanha do prefeito reeleito da cidade de Picos, Padre Walmir (PT). Na cidade, o petista derrotou o candidato apoiado pelo senador, o empresário Gil Paraibano (PP).
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“Em Picos, fiquei impressionado com as palavras de um homem que se diz ‘de Deus’, mas parece que vive outra realidade. O que foi feito pelo Padre, pelo amor de Deus, peça perdão a Deus por tudo que o senhor fez ontem na cidade de Picos para ganhar a eleição”, disse, quando conversava com os jornalistas Joelson Giordani e Elivaldo Barbosa, ao vivo.
Ciro disse que a situação agora está “nas mãos de Deus” e da Justiça Eleitoral. Nas urnas, Padre Walmir obteve 48,13% dos votos válidos, contra 46,69% de Gil Paraibano. Na cidade, mais dois candidatos estavam na disputa. “Todas as pesquisas davam nossa vitória, o que aconteceu em Picos foi um estelionato eleitoral”, pontuou o senador.
Mencionou que para descobrir as supostas ilegalidades do pleito, basta que a Justiça Eleitoral quebre o sigilo das empresas que prestam serviço para a prefeitura, executam obras e os saques feitos. “Vão ver o que aconteceu”

fonte 180graus.com