Policial que matou universitária com tiro na cabeça diz que disparo foi acidental
Rafael do Nascimento Oliveira Rosa, soldado da Polícia Militar do Ceará, acusado de matar Suellen Marinheiro - Imagem: Reprodução
O policial militar do Ceará suspeito de ter matado uma jovem estudante de Direito no último dia 15, na cidade de Valença, região de Picos, afirmou durante depoimento que o tiro que matou a vítima foi dado de forma acidental. Para o delegado Marllos Sampaio, responsável pela investigação, a conduta apresentada pelo suspeito mostrou exatamente o contrário.
“Ele chegou até uma festa e queria entrar de graça, sendo que o ingresso custava R$ 5, ele é lotado em outro estado e não estava de serviço. As pessoas pediram que ele pagasse o ingresso, mas ele se descontrolou, puxou a arma e atirou contra o irmão da vítima, que estava ao seu lado. Não foi um tiro acidental”, disse o delegado.
Marllos Sampaio afirmou que tanto a vítima quanto o irmão estavam envolvidos na organização da festa e que o policial se portou de forma arrogante. As testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram que durante a discussão, o suspeito puxou a arma, engatilhou e atirou.
“Por tudo apurado, ele vai ser indiciado por homicídio doloso. Toda a sua atitude foi incompatível com o serviço de segurança, ele estava como um cidadão comum, mas armado e querendo se prevalecer por ser PM. Além disso, ele se descontrolou, matou uma pessoa, e tentou fazer outros disparos, mas foi rendido pela população. Então, ele ia continuar com a ação criminosa”, disse Marllos Sampaio.
O policial militar do Ceará foi preso em flagrante logo após o homicídio e a Justiça transformou sua prisão em preventiva no dia seguinte (16). O suspeito foi transferido para um quartel militar em Teresina.