Prefeito sugere PPP para resolver saneamento do Sul do Piauí
Em entrevista para a Rádio Cidade Verde, nesta terça-feira (27), o prefeito de Bom Jesus do Piauí, Marcos Elvas (PSDB), apresentou proposta para de concorrência para que a iniciativa privada assuma as ações de saneamento em municípios do Sul do Estado. A alternativa seria usada após o fim do Consórcio Regional de Saneamento do Sul do Piauí (Coresa), que reunia 36 municípios da região.
"Na realidade, o Coresa foi uma viúva Porcina: aquela que foi sem nunca ter sido. Nunca funcionou de fato", disse o prefeito no programa Acorda Piauí, sobre o consórcio criado em 2007 como exemplo para gestão de serviços de abastecimento de água e saneamento. Ontem (26), o governador Wellington Dias (PT) anunciou que apresentará, no início de julho, uma alternativa para o fim do consórcio.
Além de defender que o Estado lidere essa discussão, Elvas propôs a realização de uma Parceria Público-Privada que envolva os municípios do antigo Coresa. Ele citou o exemplo do processo feito em Teresina que, na sua visão, já ajudará a Empresa de Água e Esgostos do Piauí (Agespisa) a cuidar melhor dos serviços no interior. "Se a Agespisa não pode investir em Teresina, não tem a capacidade de investimento, como é que vai nos atender (municípios do interior)?", questionou.
Marcos Elvas disse ainda que "a situação do saneamento do estado do Piauí é crítica, está acéfalo, está sem rumo". O prefeito citou, como exemplo, situações em Bom Jesus de casas abastecidas com carros-pipa enquanto a Agespisa leva até 10 dias para substituir uma bomba e normalizar o fornecimento de água - algo que a empresa, em sua situação atual, não teria condições de resolver, na visão do gestor.
O prefeito afirmou que vai aguardar a proposta do Estado e defende a união dos municípios em busca de uma alternativa conjunta. Mas já traça um Plano B. "Se o Governo do Estado não apresentar uma solução factível, o Município de Bom Jesus vai partir para uma municipalização através de uma concessão, de uma PPP... Nós vamos estudar".
Para Marcos Elvas, os municípios unidos teriam força para oferecer uma licitação competitiva, que consiga atrair a iniciativa privada para investir na região.