sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

UESPI: Mulher do Reitor recebia Bolsa PARFOR durante investigação da PF

UESPI: Mulher do Reitor recebia Bolsa PARFOR durante investigação da PF

E-mail do reitor ao Blog Bastidores pedia que não se publicasse material sobre esposa antes que houvesse manifestação por parte da instituição

NUNCA ANTES NESTE ESTADO...
- Reitor entra para a história como aquele que conseguiu levar a Polícia Federal para dentro da Universidade Estadual do Piauí.
E não foi para ministrar cursos de aperfeiçoamento...
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ANO NOVO, FATOS NOVOS
_Mulher do reitor já recebeu R$ 39.600,00 de Bolsa Parfor
 
O Reitor e a Constituição
O Reitor e a Constituição 

A mulher do reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Nouga Cardoso, a servidora pública Rosiane de Morais Santos, suspeita de receber de forma irregular bolsa do Parfor nos anos de 2015 e 2016 - até para ministrar cursos no interior do Piauí, sem que supostamente tivesse participado de editais ou atendesse aos pré-requisitos legais, continuou a ser bolsista do Parfor durante todo o ano de 2017, amealhando a quantia de R$ 13.200,00 neste último ano. Somados os três anos a quantia vai para R$ 39.600,00.
Ela recebia como "professor formador" as quantias mensais de R$ 1.100,00, naquilo que o Blog Bastidores, ano passado, denominou de a “Farra das Bolsas” - tema central da Operação Curriculum, deflagrada pela Polícia Federal esta semana.
Os documentos abaixo comprovam o recebimento dos valores pela mulher do reitor no ano de 2017, quando as autoridades federais investigavam o caso.
São reproduções do Portal da Transparência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
VEJA AS INFORMAÇÕES:


O E-MAIL DO REITOR
EM DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER... ESPOSA... NA UESPI
Ano passado, o Portal 180graus, através do Blog Bastidores, havia divulgado dezenas de matérias sobre os suposto esquema na UESPI.
Duas delas foram tituladas Esposa de reitor da Uespi é suspeita de obter bolsa sem integrar o edital e Mulher de reitor ganhou seis dias de diárias para ministrar dois de curso, tratando sobre as bolsas do Parfor. O portal de notícias também informava que havia uma investigação de autoridades federais em curso. 
Em relação a essas duas matérias, quando do envio de indagações para a UESPI sobre o assunto, via assessoria de imprensa, eis que quem retorna, via e-mail, é o próprio reitor Nouga Cardoso, que estava em plena campanha para sua reeleição. 
O e-mail do reitor tinha o seguinte teor: 

Prezado Rômulo,
Somente agora fui comunicado da Denúncia. Solicito que aguarde pois a UESPI, através do setor competente onde houve a prestação do serviço e assessoria de comunicação estão produzindo a resposta para melhor esclarecimentos dos fatos.
Obrigado,
Nouga - Reitor
Queira por gentileza confirmar recebimento.
Abraço

Ou seja, àquela altura ele sabia o que estava a ocorrer. Era dia 10 de agosto de 2017.
_O retorno do e-mail enviado para a Assessoria de Imprensa da UESPI teve, antes, pedido do reitor da instituição Nouga Cardoso (Reprodução)...
POSSÍVEL JOGO DE CENA
Após deflagrada a Operação Curriculum, da Polícia Federal, Nouga Cardoso fez anunciar coletiva onde disse que é o maior interessado na investigação e fez divulgar nota onde informou que ele teria comunicado às autoridades sobre o que ocorria dentro da UESPI, daí a investigação. Balela!
Ora, como se vê, o ofício divulgado pelo reitor e encaminhado ao Controlador Geral do Estado (CGE), Nuno Kauê, é datado de 16 de outubro de 2017, muito tempo depois que o Portal 180graus vinha divulgando sobre o possível esquema das bolsas na instituição e muito tempo depois da investigação na CGU. (Em matéria da TV Clube, a Controladoria Geral da União (CGU), que também apura o caso, informou que as investigações iniciaram em março de 2017). Detalhe: Nuno Kauê só foi comunicar à CGU em 23 de outubro.
E mesmo diante das divulgações, e foram dezenas, a esposa do reitor, entre outros - supostamente em situação irregular, continuavam a receber Bolsas de programas oriundos do governo federal durante todo o ano de 2017.
O pior: a UESPI não divulgou a existência de nenhum procedimento interno para investigar o 'probleminha'.
Mas... como o reitor anunciou que é o maior interessado que os devidos fatos sejam esclarecidos, houve quem brincasse: "pois vai ter separação".
Como se vê, o brasileiro não perde o humor.

ALGO ESTÁ ERRADO NA UESPI
_Um carta na manga: reitor só enviou documento aos órgãos de controle no final do ano passado, mas nunca havia tornado o fato público, mesmo com inúmeras matérias sobre o caso...
Foi desmentido pela CGU: Controladoria anunciou  que a investigação não começou motivada pelo documento abaixo, mas ainda em março de 2017...
fonte 180graus.com