O protótipo do equipamento foi apresentado a equipe da Secretaria da Saúde e Fundação Hospitalar.
A startup piauiense Tron, em parceria com a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), apresentou ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), um protótipo de respirador mecânico pulmonar, de baixo custo, feito com materiais acessíveis e que opera em diversos modos respiratórios.
O projeto segue as normas da Associação Brasileira de Medicina e recebeu um feedback positivo da equipe médica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e Universidade Estadual do Piauí (Uespi), que acompanharam a demonstração do equipamento.
O projeto do professor dr. em Física, Gildário Lima, foi apresentado aos profissionais da saúde no HGV nessa segunda-feira (27). “Esse é um projeto robusto, sofisticado, de baixo custo e feito com materiais acessíveis. Ele é capaz de trabalhar nos diversos módulos respiratórios. E para melhorar ainda mais a eficiência do nosso produto, estamos, nessa oportunidade, ouvindo os especialistas e dessa forma vamos adequá-lo à demanda exigida. Esse projeto é aberto para fins filantrópicos, qualquer pessoa que queira produzir para doar vai ter acesso a toda documentação”, explica Gildário.
“Esse aparelho está fazendo com que o nosso estado passe a frente em produzir essa tecnologia nesse momento de crise”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, apontando a importância de ter um produto desenvolvido no Piauí, o que trará mais celeridade e rapidez para a sua aquisição.
Para poder ser comercializado, os respiradores terão ainda que passar por aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A equipe formada por fisioterapeutas e médicos do HGV presente na apresentação avaliou o protótipo como eficiente e vantajoso para este momento da pandemia.
O presidente da Fespiserh, Pablo Santos, avalia o projeto como inovador e totalmente viável para agilizar a aquisição de equipamentos para o enfrentamento à Covid-19. “O protótipo atende às necessidades iniciais das UTIs voltadas ao tratamento de pacientes com Covid, como suporte respiratório, com um baixo custo e valorizando uma empresa piauiense. É uma alternativa muito pertinente”, comenta o gestor.