Foto: Clica Luzilândia
Um homem identificado como Raimundo Nonato Lima da Costa, suspeito de furar uma barreira sanitária entre Luzilândia e o Maranhão, morreu na madrugada desta sexta-feira(08), no hospital de Luzilândia, após passar mal na delegacia. A suspeita é de que ele teria sido torturado, durante a prisão, por policiais militares.
O caso iniciou ainda na tarde quinta-feira(07), quando Raimundo Nonato não teria obedecido a ordem de parada e ainda teria ameaçado os policiais com uma arma branca. Os policiais teriam pedido reforço e saído a procura do homem, o encontraram na casa dele, na zona rural de Luzilândia.
A nota da Polícia Militar, sobre o caso, afirma que “ao ser localizado, o indivíduo teria reagido, sendo contido e levado preso a delegacia. Ao chegar na delegacia, o mesmo foi recolhido a cela, por ordem da autoridade judiciária e no final da tarde o indivíduo passou mal, sendo encaminhado ao hospital, onde veio a falecer no período da noite”, afirma a diretora de Comunicação Social da PMPI, tenente coronel Elza Rodrigues.
Com a morte de Raimundo, a perícia criminal e o Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba foram acionados e estiveram na casa da vítima. O portal apurou que no local, os peritos fizeram o levantamento e recolheram objetos com marcas de sangue que foram entregues à Polícia Civil que vai investigar o caso. A perícia ocorreu na manhã de sexta(08), quase 24 horas depois da suposta tortura, já que a vítima havia sido socorrida.
O corpo de Raimundo foi levado ao IML de Parnaíba e liberado ainda ontem, depois da perícia, para sepultamento.
O Comando Geral da PM determinou abertura de Inquérito Policial Militar através da Corregedoria e o afastamento dos policiais militares envolvidos na ocorrência, inclusive apresentando os mesmos no Batalhão de Piripiri. Determinou ainda, ao presidente do inquérito policial militar, que seja juntado a perícia e exames realizados pelo Instituto Médico Legal.
O delegado Renato Pinheiro que está a frente das investigações, informou ao portal que decretou sigilo e não poderá falar sobre o caso.