Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro acrescentou o setor de construção civil e industrial na lista de serviços essenciais durante a pandemia.
Nessa quinta-feira, 7 de maio, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que incluiu o setor de construção civil e industrial no rol de serviços essenciais durante a pandemia da Covid-19. Com isso, as atividades desses segmentos podem ser retomadas com obediência às medidas de segurança do Ministério da Saúde e, também, desde que estejam em consonância com os setores governamentais das localidades em que as obras estejam suspensas.
No Piauí, o setor da construção ainda está inativo devido às medidas estaduais e municipais. Entretanto, o decreto federal reforça a importância do segmento para minimizar as consequências econômicas no cenário pós-pandemia.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Francisco Reinaldo, destaca que o decreto presidencial mostra a importância do segmento para o Brasil e, especialmente, para o Piauí.
“Aqui, a indústria tem uma relevância muito grande no nosso estado. Nós recebemos com bastante animação a notícia do decreto. Tenho falando isso há algum tempo, inclusive em conversas com o governador, em relação às paralisações que estamos tendo em Teresina e no Piauí, de que o segmento está sendo muito bem visto pelo Governo Federal e nós temos certeza que na retomada total, tão logo passe essa situação da saúde, o setor será muito forte. E é importante que as empresas estejam preparadas porque vamos ter boas notícias”, declarou.
- Foto: Divulgação/AscomFrancisco Reinaldo, presidente do Sinduscon, cobra retorno da construção civil no Piauí.
Ele ainda informou que o Governo Federal iria adotar várias medidas de incentivo à construção e por conta disso seria importante que os escritórios voltassem a funcionar para elaborar projetos.
“Temos que nos preparar para essa demanda que vai vir. Se nós não fizermos isso, mais uma vez o Piauí vai ficar para trás, porque não teremos projeto. Já se reclama muito que não tem projeto na área governamental e agora na área privada também não vai ter? É esse questionamento que estamos colocando. O Estado precisa começar essa retomada gradual e segura. Isso que estamos defendendo e com entendimento”, acrescentou.
Mesmo com o decreto, ainda é garantido aos estados e municípios dialogarem sobre quais serviços retomar de forma gradual para conter a disseminação do coronavírus. Francisco Reinaldo reforça a necessidade de discutir a retomada do setor de forma conjunta com os demais órgãos competentes.
“Nós não gostaríamos de usar esse decreto para forçar uma volta, o que nós queremos é voltar com responsabilidade, de forma coordenada, de comum acordo com as autoridades locais e o Sindicato dos Trabalhadores. Esse é o nosso objetivo. O decreto é importante e é bom que tenha sido editado, mas preferimos o diálogo”, destaca. Ele ainda frisa que já foram apresentados à Prefeitura de Teresina os protocolos que as empresas devem adotar ao retomarem suas atividades.
“São medidas que as empresas deverão adotar, entre elas, o uso de máscaras, álcool gel distribuído ao longo das obras, que normalmente são abertas. Também está incluso a medição da temperatura corporal dos trabalhadores nos canteiros de obras na chegada, divisão do horário de almoço ou ampliação dos refeitórios, caso haja possibilidade. Existem essas medidas que são mitigadoras de riscos. Poucos países pararam as obras. No Brasil, também foram poucos os estados. Então, isso mostra que não há uma ligação direta entre o alastramento da pandemia e a paralisação das obras”, explica o presidente do Sinduscon.