A legenda se movimenta para evitar que os votos conquistados fiquem “à deriva” e, ao mesmo tempo, garantir um protagonismo maior nas decisões políticas do estado.
A expressiva votação obtida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) nas eleições municipais de Teresina acendeu um alerta interno na legenda. Apesar de ter conquistado uma cadeira na Câmara Municipal e ficado a apenas 179 votos de eleger um segundo vereador, o partido avalia que sua influência dentro do governo estadual ainda é limitada. Diante disso, integrantes da sigla cobram mais espaços na gestão e uma maior interlocução com o Palácio de Karnak.
Aliado histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) e com forte representação nacional, contando com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o PSB enfrenta um desafio no Piauí: a falta de diálogo efetivo com a cúpula estadual do governo, capitaneado pelo governador Rafael Fonteles (PT). A mudança no comando municipal da sigla em Teresina, com a saída de Washington Bonfim e a chegada de Celso Henrique, indica um movimento para reorganizar o partido e reivindicar maior participação na administração estadual.
Para consolidar essa estratégia, uma comissão formada por Celso Henrique, Leôndidas Júnior (primeiro suplente de vereador) e Marquinhos Monteiro foi criada para estabelecer novos diálogos e definir um rumo para os 27.092 votos obtidos pelo partido na capital piauiense. A articulação busca fortalecer a legenda no cenário político local, garantindo que a expressiva votação se traduza em maior influência e espaço no governo estadual.
Entretanto, dentro do grupo, há vozes que defendem um caminho diferente. Alguns integrantes argumentam que o PSB não deve restringir seu diálogo apenas com atores ligados ao Karnak, mas sim abrir discussão com outras forças políticas, visando ampliar sua presença e relevância na próxima disputa eleitoral, que deverá ser realizada em 2026.
Com uma base eleitoral consolidada e um histórico de aliança com o PT, a legenda se movimenta para evitar que os votos conquistados fiquem “à deriva” e, ao mesmo tempo, garantir um protagonismo maior nas decisões políticas do estado.
fonte portalodia.com
