Por equívoco, polícia teria invadido casa e agredido jovem
Policiais se enganaram de endereço na operação Brasil Integrado.
Uma família teve a casa invadida por policiais que cumpriam mandado de busca e apreensão, mas a polícia teria errado de endereço, entrando na residência errada. Segundo o relato dos vizinhos havia cerca de oito policiais. Entre eles estariam alguns da Delegacia de Entorpecentes e outros do Batalhão de Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone), pertencente a Polícia Militar.
Fotos: Jailson Soares/ODIA
A ação aconteceu logo cedo, por volta das 7h, quando o pai e a mãe saíram para o trabalho, acompanhado da filha mais nova. Em casa, ficou apenas o filho mais velho, de 18 anos, que se encontrava deitado no quarto. Segundo a avó do rapaz, a casa invadida pelos policiais fica localizada na Raimundo Vila Nova, mas o mandado constava que a busca e a apreensão deveria ser realizada na rua Desembargador Teodoro Castelo Branco, localizado no mesmo bairro: Poty Velho, zona norte de Teresina. Os policiais só se deram conta de que estavam em um local errado, quando passaram o mandado a um dos familiares, que percebeu e informou o equívoco.
A mulher, que não quer se identificar, afirma que os policiais arrebentaram a porta da frente da casa e do quarto do seu neto. “Eles jogaram o meu neto no chão. A sorte dele que as vizinhas escutaram os policiais falando ‘bota a droga para fora, vagabundo’ e acharam estranho”, relata.
Quando ela chegou a casa, tinha um policial na porta. “Perguntei se podia entrar e os policiais não autorizaram, pois ainda estavam na vistoria em busca de uma suposta quantidade de drogas”, conta a mulher. Nem mesmo os medicamentos para hipertensão que o genro e a filha tomam teriam escapado da revista, assim como a insulina, que a filha toma diariamente por ser diabética.
A avó do rapaz afirma ainda que um policial ficou pisando sobre o pescoço dele. “Estamos revoltados com a polícia, pois ele deveriam ter perguntado de quem pertence a casa. Hoje eles fizeram na casa da minha filha, amanhã é na casa de outro cidadão”, diz a dona de casa, bastante comovida.
A ação deixou a família abalada. A sua filha de 34 anos apresenta crises de depressão desde que o fato aconteceu na manhã da última terça-feira (01).
Está disposto no artigo 5, da Constituição da República que "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial".
A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí, através do Coronel Marcos David, afirmou que esta ação foi inserida na operação Brasil Integrado, do governo federal, que busca melhorar as ações de segurança pública no País, utilizando como base o modelo de segurança utilizado durante a Copa do Mundo deste ano. “A Polícia Militar estava apenas reforçando a segurança”, explicou o corregedor.
Como havia policiais da Delegacia de Entorpecentes, a Corregedoria da Polícia Civil do Piauí, por meio diretora da unidade, delegada Fernanda Paiva Nunes, informou não ter conhecimento sobre o caso, mas se comprometeu em averiguar se as denúncias já haviam chegado à unidade.
fonte portal o dia
o portal piauí de ponta a ponta lamenta o fato ocorrido com esta família e pede uma intervenção do governo do estado. pois a sociedade ver nitidamente um certo corporativo das corregedorias de policia. fato como este só acontece nas casas das pessoas pobre e humilde pois quando se trata de um mandado de busca e apreensão na casa de um bana de uma autoridade envolvida com alguma coisa em licita o tratamento é outro é diferenciado. fato como este só nos envergonha de uma banda da policia que continua trabalhando de forma truculenta agredindo,matando e outras mais que acontece nas periferias das cidades do piauí.
