Moradores se reúnem para reformar escola em Luis Correia
Escola estava há um ano de meio sem funcionar e é o único local da sessão eleitoral do povoado Timbaúba.
A Unidade Escolar Manuel Pereira de Araújo, localizada no povoado Timbaúba, Luís Correia, foi reformada pelos próprios moradores durante todo o dia da última quarta-feira (03). Eles fizeram os reparos da escola com o intuito de manter a sede da sessão eleitoral da localidade. A prefeitura foi acionada pelos moradores, mas avisou não tinha verba para a reforma e a solução seria que todos os moradores da região votassem no povoado mais próximo.
Fotos: Blog Wilson Veras
A escola já não estava mais aberta para aulas, mas o local continuava sendo o ponto de sessão eleitoral dos moradores de Timbaúba. Porém, um representante do cartório fez uma visita na escola e constatou que aquele local não tinha condições de sediar a sessão eleitoral deste ano e os todos os moradores teriam que se deslocar para outro povoado.
Assim, pessoas da comunidade buscaram ajuda na prefeitura, mas depois de uma resposta negativa, se mobilizaram para fazerem os reparos. O senhor Erisvaldo de Araújo Freitas é uma dos moradores que participaram da reforma e conta que todas as pessoas da comunidade doaram os materiais da construção e outras 20 pessoas ficaram responsáveis pela mão de obra.
“Não tem como mensurar o valor gasto porque todos se mobilizaram doando materiais. A escola teve que ser toda retelhada, tivemos que colocar massa nos locais que estavam rachados, colocamos ripas e nove lâmpadas e também pintamos toda a unidade escolar”, explica Erisvaldo.
A Secretária de Educação de Luís Correia, Carla Oliveira, explica que a reforma da escola foi negada pela prefeitura porque o valor gasto não teria como ser justificado. “Embora a reforma seja uma anseio da comunidade, a prefeitura não tem como justificar a reforma da escola, se nesse local não tem aulas”, diz.
Segundo Carla Oliveira, a Unidade Escolar tinha três alunos na parte da manhã e oito na parte da tarde. “Seguindo as regras de funcionamento das escolas impostas pelo MEC, essa escola não tem o número mínimo de alunos para poder funcionar. Imagine só manter um colégio para 11 alunos – somando os do turnos da manhã e da tarde – pagando água, luz, reparos, zelador, merendeira, professores e segurança. Não tem como”, esclarece a secretária.
Como solução, em janeiro de 2013 esses alunos foram remanejados para outra escola, localizada no Povoado Brandão, a 20 km de distância de Timbaúba, com o transporte escolar sendo disponibilizado pela prefeitura. “Além de todos esses problemas já citados, essa medida também foi usada no sentido de proteção àquelas crianças, que estudavam em um colégio com uma condição muito precária, com o teto quase caindo”, finaliza Carla Oliveira.
O cartório foi notificado da reforma e vai mandar um representante para verificar as atuais condições da Unidade Escolar e permitir ou proibir que seja feita a sessão eleitoral naquele local.