Governo culpa BB por atraso e convoca credores para reunião de emergência
Secretário de Administração João Henrique diz que recursos estaduais estão em poder do banco, que não o repassou para as empresas credoras
Os empresários do setor de terceirizações, que prestam serviços ao Governo do Estado, foram convocados para uma reunião com o secretário de Administração, João Henrique, (foto ao lado) no próximo dia 20, às 10 horas, na sede da Secretaria. De acordo com João Henrique, o objetivo do encontro é resolver o impasse que levou o TCE- Tribunal de Contas do Estado - a ameaçar bloquear as contas do Governo caso o pagamento dos salários dos servidores deste setor não sejam regularizados.
O secretário confirmou a existência de atrasos em alguns setores, mas culpou o Banco do Brasil por não liberar recursos. “Existe alguns casos de empresários que querem paralisar obras porque estão sem receber, mas a culpa não é o do Estado, que tem o dinheiro do empréstimo para a obra. O problema é que o Banco do Brasil há quatro meses não libera os recursos. Todo o Piauí sabe disso”, disse.
Na terça-feira, um grupo de empresários do setor de terceirizações procurou o TCE-PI para denunciar que estão há mais de seis meses sem receber os pagamentos pelos serviços prestados. Estes empresários ameaçam deixar de pagar o 13° salário de cerca de 15 mil funcionários que prestam serviços em órgãos do Estado.
De acordo com o Governo do Estado, o impasse com o Banco do Brasil teve início depois que o governador Zé Filho (PMDB) declarou apoio ao candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB). Zé Filho acusa Governo Federal de provocar retaliações contra o Piauí e estaria intervindo no banco para que os recursos não sejam liberados.
Há mais de um mês os trabalhadores terceirizados da Limpel, empresa do ramo de serviços gerais, realizam paralisações em forma de protesto contra os atrasos. Os funcionários já paralisaram as atividades na Agespisa e na manhã de ontem foi a vez de pararem no Detran-PI. Os empregados de outras empresas da área também ameaçam aderir às paralisações.
João Henrique negou a possibilidade de demissão em massa dos trabalhadores terceirizados, mas afirmou que os cortes necessários serão realizados. “Os terceirizados não fazem parte da folha de pagamento do Estado. As empresas prestam um serviço e recebem por isso e pagam os funcionários. Não existe uma determinação para demissão em massa, mas onde houver excessos a orientação é que ocorram cortes dos gastos”, comentou.
fonte portal o dia