Deputados e policiais entram em conflito após manifestação na Alepi
Parlamentares acusam, principalmente os policiais civis, de pegarem em armas e de empurrarem os deputados Robert Rios e Evaldo Gomes
A relação entre policiais e deputados ficou estremecida após a manifestação ocorrida na manhã desta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa do Piauí. Servidores estaduais de diversas categorias protestaram contra a aprovação da PEC dos Gastos e tentaram ocupar o gabinete da presidência da Alepi. Pelo menos três portas foram quebradas.
Fotos: Moura Alves/ODIA
Os parlamentares estão acusando, principalmente os policiais civis, de pegarem em armas e de empurrarem os deputados Robert Rios (PDT) e Evaldo Gomes (PTC). Por outro lado, os policiais afirmam que houve um tumulto generalizado, mas que ninguém pegou em armas e que os deputados mentem para arrumar um pretexto contra as manifestações.
O presidente da Alepi, Themístocles Filho, disse que os deputados e os que participavam de uma reunião dentro do seu gabinete ficaram assustados, no momento em que os manifestantes tentaram ocupar a sua sala.
O deputado Robert Rios defendeu ações civis, criminais e administrativas contra aqueles que chamou de vândalos e anunciou que, antes era contra, mas agora votará a favor do ajuste fiscal. “Aqueles policiais que ajudaram a depredar a Assembleia deveriam estar protegendo a população e não praticando esses atos agressivos”, disse o parlamentar.
Também se manifestaram contra o protesto os deputados Luciano Nunes (PSDB), Dr. Pessoa (PSD), João de Deus (PT), Cícero Magalhães (PT), João Madison (PMDB), Wilson Brandão (PSB), Evaldo Gomes (PTC), Fernando Monteiro (PRTB), Júlio Arcoverde (PP), Antônio Félix (PSD), Georgiano Lima (PSD), Zé Santana (PMDB), Rubem Martins (PSB), Severo Neto (PMDB), Lisiê Coelho (PTB) e Flora Izabel (PT).
Segundo Thales Melo, diretor de imprensa do Sindicato dos Policiais Civis, o único que ameaçou segurar em arma foi um Polícia Militar que tentava conter os manifestantes. “Ele fez um gesto, mas alguém alertou que não puxasse o revólver, pois tinha outras pessoas armadas também”, conta o policial.
Ele avalia que o que aconteceu hoje na Alepi foi reflexo do descrédito na classe política. "Eu não apoio nenhum tipo de violência, mas entendo que o povo deixou de ser apático e está começando a reagir a esses desmandos dos políticos", afirma Thales Melo.
No final da manhã, uma comissão foi recebida pelos parlamentares, que garantiram não botar em votação no plenário a PEC dos Gastos, até que o governador Wellington Dias (PT) retorne da sua viagem à Europa. Também foi adiado o recesso dos deputados.
fonte portal o dia