segunda-feira, 2 de junho de 2014

M.Castro renuncia e diz: Fui injustiçado


M.Castro renuncia e diz: Fui injustiçado




Com o discurso de quem foi traído, Marcelo Castro anuncia sua saída da disputa ao governo do estado do Piauí, na tarde dessa segunda-feira (02).
"Tenho a consciência de que fizemos o máximo que estava ao nosso alcance. Sempre com problemas internos. Minha pré-candidatura que deveria se consolidar a cada dia não avançava. Tudo piorou, quando o nosso partido sofreu com postagens nas redes sociais e etc. Um processo de desconstrução para com a nossa pré-candidatura" disse Marcelo Castro.
Marcelo Castro deixa claro que também sofreu pressão. "As constantes pressões tornaram insustentável a nossa pré-candidatura. Hoje tenho a a consciência adulta de que fui injustiçado."
Pré-candidato do PMDB ao Governo do Piauí desiste e governador José Filho assume pré-candidatura à reeleição
O pré-candidato ao governo do Piauí pelo PMDB, deputado federal Marcelo Castro, anunciou, em entrevista coletiva realizada em Teresina, a desistência de sua pré-candidatura. Presidente regional do PMDB, Marcelo Castro disse que disputará a reeleição para deputado federal.
Uma hora depois, o governador José Filho (PMDB) anunciou que é pré-candidato à reeleição com apoio do PMDB, PSD, PTB, PDT e do ex-governador Wilson Martins (PSB), que é pré-candidato ao Senado e renunciou ao governo deixando José Filho como seu substituto.
Marcelo Castro, porém, afirmou que não apoiará o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes (PSDB), que anunciou sua disposição em ser candidato ao governo do Piauí e não aceitará ser vice de José Filho. Ele ela o vice na chapa liderada por Marcelo Castro.
O deputado federal Marcelo Castro anunciou, ao lado do ex-prefeito Sílvio Mendes. Castro disse que foi injustiçado e que os ataques partiram do próprio PMDB. Após as declarações de Marcelo Castro, Sílvio Mendes disse que seu nome está disponível à disputa.
Marcelo fez um breve histórico dos seus 64 anos de vida e dos 32 anos dedicados ao PMDB, além de suas experiências administrativas e parlamentares.
"Tanto na vida pública como na particular, sempre agi dentro de princípios éticos, com transparência, lealdade e respeito às pessoas. Esta é minha marca. Quem age assim espera que façam o mesmo consigo. Não foi o que aconteceu. No início de janeiro, fui convidado pelo meu partido e por muitos outros para ser candidato ao governo, tendo Sílvio Mendes como pré-candidato a vice e Wilson Martins como pré-candidato ao Senado. Uma convocação irrecusável para quem sempre sonhou e acreditou que ao nosso Piauí está reservado um futuro muito mais promissor. Abraçamos a pré-campanha com muita garra. Fizemos o Ouvindo o Piauí, que chegou na sua 10ª edição. Trabalhamos sem parar e tudo fizemos para alcançar o objetivo comum", afirmou.
Marcelo Castro disse que cumpriu com todas as exigências que lhe foram feitas, como tirar seu filho da Secretaria Estadual de Infraestrutura. Porém, os ataques começaram desde a entrada do PMDB no governo.
"Se exigiam que cedêssemos lugar de deputado federal, cedíamos. Cedemos a secretaria à qual meu filho era secretário. Fizemos tudo que estava ao nosso alcance. Minha candidatura, que tinha tudo para alavancar, nunca chegou a se consolidar. Tudo piorou quando nosso partido chegou ao poder. Entrevistas, charges, postagens em redes sociais, encontros públicos frequentes com adversários. Um processo continuado de desconstituição e desacreditação da nossa candidatura. Tornou-se insuportável. Era do meu partido que vinham os piores ataques. As constantes pressões sobre todos tornaram insustentável a nossa candidatura", afirmou.
Marcelo Castro declarou, na entrevista coletiva, que hoje tem consciência de que foi injustiçado.
"Nunca joguei sujo, nunca fui desleal, nem mesmo com nossos adversários. E mais: não me ofereci, não busquei e até relutei em aceitar essa pré-candidatura", falou.
LEIA O PRONUNCIAMENTO DE RENÚNCIA DE MARCELO CASTRO
"Tenho o dever de me dirigir ao povo do meu estado para comunicar a desistência da minha pré-candidatura, dar as razões que me levaram a isso e posicionar-me frente ao quadro policito atual. Há 32 anos entrei na vida pública pelo PMDB partido do qual eu sou presidente. Tive três mandatos de deputado estadual e estou no 4º de deputado federal. Das sete eleições que disputei, em todas as seis sempre fui o mais votado do meu partido e em cinco eleições fui o mais votado do estado, uma história única na politica do Piauí. Tenho vaidade por isso? Não. Mas fico muito feliz e me sinto reconhecido no meu trabalho ao ver que a imensa maioria dos que me deram o seu voto pela primeira vez em 1982 ainda o fazem hoje com um nível crescente de confiança em mim.
Tive experiência administrativa como presidente do IAPEP quando fizemos um trabalho em favor do servidor público estadual, do qual eu muito me orgulho. Fui por um breve período secretário de agricultura onde defini as prioridades agrícolas para o nosso estado. Implantei o Programa do Caju e ajudei no desenvolvimento do serrado que hoje bate recorde de produção.
Como deputado federal lutei pela divisão equitativa dos Royalties do Petróleo, luta essa que trará grandes somas de recursos para o nosso estado para serem aplicados na saúde e na educação de nossos irmãos. Essa é uma breve síntese dos meus 64 anos de vida.
Tanto na minha vida pública quanto na particular, sempre agi dentro de princípios éticos com correção e honradez com independência e altivez, com transparente, respeito e lealdade às pessoas. Esta é a minha marca. Quem age assim espera que façam o mesmo consigo, não foi o que aconteceu.
Em janeiro deste ano fui convocado por meu partido e convidado por muitos outros dentre eles o PSB, o PSDB, o PSD, o PDT, o PC do B, o DEM, o PRB e o PTC para ser candidato ao governo tendo Sílvio Mendes como pré-candidato a vice e Wilson martins como pré-candidato ao senado, uma convocação irrecusável para quem sempre sonhou e acredito que ao nosso piauí está reservado um futuro muito mais promissor.
Juntamente com Sílvio Mendes e Wilson Martins abraçamos essa pré-campanha com muita garra, determinação e entusiasmo. Fizemos o ouvido Piauí, que chegou à sua 13ª edição para elaborarmos um plano de governo que pudesse espelhar os anseios da população em sua complexidade. Trabalhamos sem parar e tudo fizemos para alcançar o objetivo comum.
Para acomodar politicamente partidos aliados, cedemos a secretaria da qual meu filho Castro Neto era titular. Tenho a consciência de que fizemos o máximo que estava ao nosso alcance, sempre com problemas internos. Minha pré-candidatura que deveria consolidar-se a cada dia não avançava. Tudo piorou quando nosso partido chegou ao poder no início de abril. Entrevistas, charges, postagens em redes sociais, adesivos, encontros públicos frequentes com adversários, enfim, um processo continuado de desconstituição e desacreditação da nossa pré-candidatura, tornou-se insuportável!
Meu partido era o mais destacado neste processo, era dele que vinham os piores ataques, mas a tudo resistíamos e continuávamos o nosso caminho de pé, porém, as constantes pressões sobre todos tornaram insustentável a nossa pré-candidatura. Hoje tenho a consciência aguda de que fui injustiçado.
Olho minha conduta de toda uma vida e me vem a sensação de que eu não merecia isso, pois nunca joguei sujo com ninguém, nunca fui desleal com ninguém, e mais, não me ofereci, não busquei e até relutei em aceitar essa pré-candidatura. Continuarei minha luta por um Piauí melhor na trincheira de deputado federal. Agradeço a cada um dos que acreditaram em mim, e, em especial, ao Sílvio Mendes, esse homem público descente que, em minha solidariedade não aceitou ser candidato a vice do governador atual. A ele, o meu reconhecimento, minha decisão é de estar junto com Sílvio Mendes."

fonte meionorte.com