15 taxistas são assaltados por semana em Teresina
Sindicato pede mais segurança aos órgãos competentes, principalmente nas barreiras policiais
Os taxistas que atuam em Teresina reivindicam medidas de segurança mais rigorosas por parte do poder público. Na noite da última segunda-feira (1º), um trabalhador da categoria teve o carro atingido por tiros e pedras ao passar pelo Morro da Esperança, região onde morava o assassino de um dos casos de mortes de taxistas registrados nos últimos 15 dias.
Os profissionais que atuam em Teresina temem que sejam alvo da ação de criminosos a qualquer hora do dia. Para muitos, isso reflete um processo de transformação e crescimento que a capital vem passando, mas que, em contrapartida, o poder público não tem criado mecanismos para coibir a violência crescente. Em Porto Alegre (RS), por exemplo, a Polícia chegou a prender uma quadrilha, formada por 12 homens, especializada em realizar assaltos em táxis da região metropolitana.
Em Teresina, o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sinditaxi), Antônio da Silva Barbosa, contabiliza que, por semana, 15 taxistas são vítimas de assaltos. O mesmo afirma que a frota de veículos já não atende mais a população, sendo os 1.556 táxis, que atuam na capital, insuficientes para atender os bairros da periferia, onde os crimes têm ocorrido com maior frequência.
“Estamos esperando a liberação da Prefeitura para mais 450 alvarás. A cidade cresceu, mas a frota não acompanhou. Tem 15 anos que não é liberado nenhum alvará. Táxi em Teresina está em falta e vai ficar mais ainda por conta que a categoria está com medo. Quem vai ficar prejudicada é a população, que já está nos apoiando”, afirma.
Foto: Marcela Pachêco/O Dia
Antônio da Silva pede apoio à PRF e à PM para que táxis com passageiros sejam vistoriados
O líder da categoria acredita ainda que com o aumento de profissionais em atuação, poderá ser descentralizado o serviço, colocando nos bairros mais distantes taxistas disponíveis para atuar naquela região, onde passariam a ser conhecidos pela comunidade, evitando serem vítimas de roubos e outras ações violentas.
O Sinditaxi tem entrado em contato com o Sindicato Nacional dos Taxistas, em Brasília (DF), onde há grande índice de assaltos a estes profissionais. Na capital federal, a categoria conquistou, por meio de ofício, que todos os táxis que passem por barreiras de fiscalização estaduais e federais sejam parados no momento em que estiverem passando pelo local, para serem vistoriados pelos policiais.
No Piauí, o documento já foi enviado ao Governo do Estado, Departamento de Polícia Rodoviária Federal no Piauí e Polícia Militar do Piauí, cobrando que todos os táxis sejam abordados após às 22h ao passar pelas barreiras. “
Quem não tem rádio e não é de cooperativa, que representa quase metade dos trabalhadores, não está sendo tanto vítimas, pois não trabalham durante a madrugada”, aponta Antônio da Silva. Os dois taxistas mortos eram, segundo o operador, pertencente a cooperativas, que trabalham durante 24 horas, com folga de mais 24 horas.
fonte portal o dia