Colisão entre trem e metro em Teresina deixa dois mortos
Populares se aglomeraram próximo à linha férrea causando congestionamento em ponte.
Uma colisão entre um trem cargueiro da Transnordestina e o metrô de Teresina deixou duas pessoas mortas na tarde desta terça-feira (11). O fato aconteceu no trecho da linha férrea próximo à ponte Wall Ferraz por volta das 16h. O maquinista do metrô, Gilvan Soares de Brito foi foi umas das vítimas fatais. O outro seria maquinista do trem e também se chamava Gilvan.
Um homem identificado como Adécio Luís, que é auxiliar do maquinista do metrô, pulou a tempo quando percebeu que iria colidir com o trem. Ele estava próximo à porta e ficou ferido. O homem tinha marcas de sangue no rosto, mas estava consciente e foi para o hospital por conta própria. Logo após do acidente, Adécio ainda tentou ajudar o colega de trabalho, mas não conseguiu. Quando a equipe do Samu chegou, as duas vítimas já haviam morrido.
Populares que passavam pelo local no momento pararam para fazer imagens do acidente e ver o que estava acontecendo e isso causou um congestionamento na Ponte Wall Ferraz e no trecho da saída da ponte para a Avenida Higino Cunha.
Segundo o superintendente da Companhia Metropolitana de Transporte Público, Antonio Sobral, as causas do acidente ainda serão apuradas. "Amanhã vou instaurar uma comissão de inquérito para averiguar. Tidas as conversas são gravadas. tanto entre os maquinistas, quanto aquelas referentes à liberação do metrô para circular na linha férrea", disse o superintendente.
O maquinista do metrô trabalhava da CMTP desde 1990 e tinha mais de 50 anos, segundo Antonio Sobral. "Nós lamentamos por essa vida. Em 25 anos de existência do metrô, essa é a primeira morte envolvendo um funcionário nosso em serviço", disse o superintendente.
A última viagem do metrô nesta quarta-feira (11) foi por volta das 9h da manhã. Em seguida, o veículo foi para a oficina, pois estava sendo feito um serviço de manutenção nos trilhos. O trem que se envolveu no acidente trabalhava na distribuição de brita ao longo da linha, portanto, o metrô só deveria começar a operar após as 16h. A causa mais provável é de erro de comunicação.
No momento do acidente, o veículo ainda estava retornando da oficina, por isso não havia passageiros.
