segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Pivô da morte do estudante Gabriel Brenno assume relacionamento em audiência

Foto: Reprodução/Facebook
A mulher que teria sido o pivô do assassinato do estudante Gabriel Brenno Nogueira da Silva Oliveira, em julho deste ano, revelou nesta segunda-feira (16), durante audiência de pronúncia, que mantinha um relacionamento com o jovem. A audiência teve início por volta das 10h, no Fórum Cível e Criminal de Teresina, e durou cerca de 3 horas. 
"Ela confirmou a versão que a gente já imaginava. Não narrou no inquérito e agora falou realmente que teve um relacionamento amoroso com o Gabriel Brenno e isso foi o que motivou o Deivid a cometer o homicídio", disse ao Cidadeverde.com, o assistente de acusação, advogado Júnior Torres.
Segundo ele, esse foi o único fato novo trazido ao processo durante a audiência. “O que houve de novo no processo foi isso. O restante das pessoas que foram ouvidas e o próprio acusado, só ratificaram o que já havia no inquérito”, afirmou Torres.
Cinco pessoas foram arroladas pela acusação e quatro pela defesa. Dentre elas, os proprietários da pensão onde Gabriel se hospedava em Teresina. Ele era natural de Caxias, no Maranhão. 
“Os proprietários disseram que ela esteve uma vez na pensão e que teria ido se encontrar com o Gabriel”, disse o assistente, que revelou ainda que a mulher chegou a contar para Gabriel que tinha um relacionamento, no entanto, estava separada.
“A versão que ela diz é que teria contato para ele do seu relacionamento, mas que tinha se separado”, afirmou Júnior Torres.
O assistente de acusação relatou ainda ao Cidadeverde.com que Deivid Ferreira de Sousa, acusado do crime, se emocionou bastante durante a audiência e, mais uma vez, confessou o crime.
“Ele se emocionou bastante e demonstrou arrependimento. Relatou os dias que ficou foragido no Maranhão, quando bateu o arrependimento e pensou no filho. Ele também relatou os dias anteriores ao delito. Falou que já tinha a arma desde 2008. Falou com riqueza de detalhes e ratificou a confissão”, afirmou o advogado de acusação.
Foto: Roberta Aline
A audiência foi comandada pela juíza Zilnar Coutinho, que deu cinco dias para as alegações finais escritas, tanto por parte do Ministério Público, como pela defesa. Só após esse prazo ela vai decidir se o acusado irá a júri popular.
O crime
Gabriel foi atingido com um tiro pelas costas que acertou sua nuca no dia 17 de julho. Ele saía da pensão quando foi surpreendido. O jovem fazia cursinho para provas da Escola de Sargentos e Armas (ESA) do Exército Brasileiro. Deivid só foi preso no dia 07 de agosto. Ele foi apresentado durante coletiva de imprensa, chorou e pediu perdão.

fonte cidadeverde.com