Teresina teve uma redução de 7% no índice de isolamento social na última semana. A estimativa, levantada através de um aplicativo que monitora o GPS de 217 mil celulares de habitantes na cidade, aponta que na quarta-feira passada, dia 26, o isolamento registrado foi de 60% e, ontem (01) de 53%.
Estes e outros dados foram apresentados pelo prefeito Firmino Filho em coletiva de imprensa feita por videoconferência na tarde desta quinta-feira (02). Em Teresina, segundo o monitoramento do aplicativo, o índice mais alto de isolamento aconteceu no domingo, dia 22, quando 69% da população ficou em casa. Em decorrência do aumento de convívio social na última semana, o prefeito publicou decreto determinando a suspensão do funcionamento de alguns estabelecimentos comerciais.
Durante a conversa com jornalistas, o prefeito explicou que o isolamento é considerado quando o GPS indica movimentação de menos de 400 metros de um ponto fixo, que supõe-se ser a residência de cada uma das pessoas monitoradas.
“Esse indicador é importante e pode ser utilizado no sentido de nos guiar em decisões, visto que mostra o crescimento do desengajamento das pessoas. Com o tempo, elas começam a diminuir a sensação de risco e passam a considerar a situação como algo normal e não como uma ameaça”, frisou.
Durante a conversa com jornalistas, o prefeito apresentou dois possíveis cenários da doença no Piauí. Um cenário mais otimista, considerando um isolamento social perfeito, indica que teríamos cerca de 700 óbitos e necessidade de 3500 internações hospitalares. Já sem o cumprimento das medidas de isolamento,18 mil piauienses irão a óbito e a necessidade de internação em leitos comuns ou UTIs sobe para 90 mil leitos.
“É difícil imaginar que chegaremos a tragédia que é este cenário. Temos pouco mais de mil leitos disponíveis no Estado. Por isso, temos que nos preparar diante dessa incerteza e lutar com a única arma que temos, que é o isolamento social. Muitos países não se anteciparam e estão sendo nocauteados pelo vírus”, lamentou o prefeito.
A previsão aponta que o pico da doença no Piauí deve acontecer no final de abril e início de maio, e a Prefeitura de Teresina está se preparando para enfrentar essa crise gravíssima. “A FMS e Sesapi estão juntas e vamos fazer o máximo que pudermos. Dar nosso testemunho de trabalho no meio dessa ameaça gigantesca. Mas, é preciso aumentar nossa taxa de isolamento e torcemos para que o isolamento funcione, pois temos pontos negativos como a subnotificação e a situação do sistema de saúde”, acrescentou o gestor.