Os moradores do Residencial Torquato Neto III, localizado na região do Porto Alegre, zona Sul de Teresina, sofrem constantemente com a falta de água. Segundo a população, mesmo com caixas d’água e poços tubulares para abastecer casas e apartamentos, a quantidade de água não é suficiente, sobretudo aos finais de semana, deixando os moradores até cinco dias sem abastecimento.
Segundo quem mora na área, a maioria das casas e apartamentos da região possui caixa d´água, porém, como são pequenas e a maioria das famílias possui muitos membros, não é suficiente (Foto: Moura Alves/ Jornal O Dia)
A artesã Maria Dales Rodrigues contou que sua filha reside próximo a uma das caixas d’água, no entanto, ela quase nunca tem água, obrigando-a a ir para a casa de sua mãe, juntamente com os filhos. “Minha filha leva as crianças para tomarem banho lá na minha casa, fazer comida, lavar roupa, porque na dela não tem, e como eu moro sozinha, a água da minha caixa suporta todo mundo, mas não por muitos dias”, disse.
Ela explicou que todas as casas e apartamentos da região possui caixa d´água, porém, como são pequenas e a maioria das famílias possui muitos membros, não é suficiente para todas as tarefas domésticas, como limpeza, comida, banho, etc. Além disso, Maria Dales também disse que muitas vezes a água chega nas torneiras de madrugada, mas não tem força suficiente para subir até as caixas devido ao grande consumo dos moradores.
“Tem vezes que falta água cinco dias seguidos. Na semana passada faltou sexta- -feira e voltou segunda, e todo mundo ficou sem saber o que fazer, tendo que ir na casa dos parentes e vizinhos para tomar banho, indo procurar algum cano que tivesse água. A gente tem que ficar procurando um lugar para pegar água, senão não faz nada”, disse José Genivaldo Araújo, que é cadeirante e reside no bairro há um ano.
A doméstica Teresa Cristina de Sousa relatou ainda que a água que abastece as residências são de poços tubulares, o que não justificaria a falta de água constante. Segundo ela, o funcionário que fica responsável por cuidar das bombas desliga o fornecimento na sexta-feira e só volta a ligá-la na segunda - com isso, os moradores acabam passando todo o final de semana sem água em suas residências.
“Eu só moro aqui há um mês, mas meu filho mora aqui há mais tempo, e ele vivia reclamando da falta de água, e desde que eu mudei para cá eu tenho sentido esses prejuízos, ainda mais aos finais de semana, quanto todo mundo está em casa e a água não é suficiente para todos”, enfatizou Teresa Cristina.
Moradores reclamam do transporte público
O cadeirante José Genivaldo Araújo contou que chega a ficar mais de duas horas no ponto de ônibus (Foto: Moura Alves/ Jornal O Dia)
Outra reclamação dos moradores do bairro Portal da Alegria é a pouca quantidade de ônibus que faz linha para a região. O cadeirante José Genivaldo Araújo contou que chega a ficar mais de duas horas no ponto de ônibus esperando pelo coletivo. Ele disse que faz fisioterapia no Ceir às 14h, entretanto, precisa sair de casa por volta das 9h, para poder conseguir chegar a tempo de realizar a sessão.
“Os poucos ônibus que passam aqui não estão com o elevador funcionando e eu tenho que ficar esperando o próximo passar, e isso é uma falta de respeito com os usuários. Os agentes da Strans estão todos dias no terminal, mas os fiscais não fazem nada. Eu já reclamei diversas vezes desses elevadores quebrados e eu sei que está na lei que tem que funcionar, mas fica por isso mesmo”, disse.
O morador enfatizou que sente muita dificuldade para pegar o transporte público, inclusive porque há poucos veículos nas duas linhas que atendem o bairro. “Eu dou a mão pedindo parada e os motoristas dizem que está desmantelado e eu acabo chegando no compromisso. O que falta é mais fiscalização da Strans para punir esses ônibus que estão com o elevador quebrado”, finalizou.
fonte portal o dia
