Motorista de Wellington Dias fala pela 1ª vez sobre dinheiro apreendido
O motorista do senador e candidato Wellington Dias (PT), José Martinho Ferreira de Araújo, falou pela primeira vez nesta quarta-feira (24) a equipe da TV Cidade Verde direto de Brasília. Ao repórter Joelson Giordani, José Martinho reafirmou que os R$ 180 mil apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal de Barreiras, na Bahia, pertence a ele. A entrevista foi concedida no escritório do seu advogado Ademar Vasconcelos.
José Martinho explicou a origem do dinheiro que estava sendo trazido para o Piauí. O motorista confirmou que atua no comércio de imóveis. "Vendi uma loja, a parte de baixo da loja. Recebi uma parte em espécie dia 10 e outra em cheque para 90 dias, quando terminar a documentação", disse. Martinho era proprietário da loja desde 2008.
O dinheiro seria usado para comprar terras em São Miguel do Fidalgo. O terreno, pertencente ao pai e aos irmãos, seria comprado por Martinho para a criação de animais. O repórter Joelson Giordani perguntou se era esse o dinheiro resultante da negociação do ponto comercial. "Sim, com certeza".
Depois de sacar no Banco do Brasil e no Bradesco, no dia 07/09, Martinho disse que escondeu embaixo do banco do veículo com medo de assaltos.
O cheque não foi mostrado, segundo Martinho e o advogado Ademar Vasconcelos, para preservar o nome da pessoa com quem foi feito o negócio.
O motorista afirmou também que nunca negou que o dinheiro pertencia a ele e não sentiu medo. "Não é que eu tive medo. Eu sempre falei que o dinheiro era meu. Sempre sustentei que o dinheiro era meu. Sempre tentando colocar palavras na boca da gente, a polícia civil, a PRF, a PF. Sempre falei que o dinheiro era meu e ia provar", declarou.
O advogado afirma que a dificuldade a princípio em dar explicações decorrem do fato de Martinho ser um homem simples, sem muito estudo.
Martinho esclareceu também que é o dono do carro e dirigiu em boa parte do percurso e revezou o volante com o amigo 70km antes de ser parado.
Sobre as notícias que vem sendo publicadas acerca da apreensão do dinheiro, Martinho declarou que ficou uma imagem negativa da imprensa. "Eu não tenho pedido a fazer. Eu tenho que agradecer muito a Deus. A imagem que a gente fica da imprensa é muita coisa negativa que as pessoas publicaram, coisas que não tem nada a ver. Isso tem contrariado bastante", lamentou.
Sobre a possibilidade de quebra de sigilo fiscal e telefônico, Martinho assegurou que não teme. "Ligação eu não tenho com nenhum grupo político, nem com Wellington, nem com nenhum grupo político", disse.