quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Salve Rainha:Juiz nega pedido de prisão de Moaci e promotor classifica como “equívoco”


Salve Rainha:Juiz nega pedido de prisão de Moaci e promotor classifica como “equívoco”

O juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Inquéritos de Teresina, negou o pedido de prisão preventiva de Moaci Moura Junior, responsável por provocar o acidente que matou os idealizadores do Salve Rainha, Bruno Queiroz e Junior Araújo.  A petição foi protocolada na tarde desta terça-feira (02) pelo promotor do Ministério Público Estadual, Ubiraci Rocha.

Em entrevista à TV Cidade Verde, o promotor defendeu que o juiz Luiz de Moura não tem competência para analisar o pedido formulado pelo Ministério Público. Para Ubiraci Rocha, uma vez protocolada a denúncia, quem deve analisá-la é a corte do Tribunal do Júri. 
“Acho que essa decisão do juiz Luiz Moura pode se constituir como uma invasão de competência do magistrado em razão da competência de outro colega. Mas tenho certeza que quando qualquer um dos juízes  do Tribunal do Júri  receber a denúncia do Ministério Público esse equívoco cometido pelo juiz da Central de Inquéritos será corrigido”, disse o promotor.
Na denúncia, o Ministério Público sustenta que Moaci Moura Junior cometeu homicídio duplamente qualificado e lesão corporal, com os agravos de ter se evadido do local onde houve a colisão sem prestar socorro, ter invadido o sinal vermelho e dirigir alcoolizado. 
“Ninguém há de negar que esse foi um crime, nós temos que falar em crime. O que  houve não foi acidente.  O carro, se conduzido com imprudência, é como se fosse qualquer arma, como uma faca,revólver, e, dependendo da circunstância, pode ser uma arma letal.  O MP lastreia seu pedido também com base na inquietação social, do clamor publico. A sociedade ficou comovida com esse caso”, ponderou Ubiraci Rocha. 
O Ministério Público Estadual ainda aguarda o recebimento do pedido de prisão preventiva de Moaci pelo Tribunal do Júri. Se aceita, a denúncia será analisada e o processo seguirá até o final do julgamento.  
Defesa rebate
Em entrevista ao cidadeverde.com, o advogado de Moaci, Eduardo Faustino, rebateu as declarações do Ministério Público Estadual e disse que um pedido de prisão não pode ser feito baseado no clamor popular. 
“É um pedido absurdo. Não se pode transformar uma situação maior do que ela realmente decretar uma prisão com base na repercussão midiática do fato”, criticou o advogado de Moaci.
Eduardo Faustino alegou no pedido de revogação da prisão, que Moaci está cumprindo todas as medidas cautelares estipuladas pela justiça. “Ninguém na situação de Moaci consegue ficar tranqüilo, em paz. A situação que ele está hoje seria como se ele estivesse detido em um presídio qualquer. Moaci fica em casa o tempo todo,  não sai nem mesmo no período da manhã”, disse Eduardo.
Ainda segundo a defesa, diariamente policiais civis monitoram Moaci. 


fonte cidadeverde.com