Associação das prostitutas recebeu R$ 111 mil do Governo Federal em 2016
Os dados estão a disposição na página da transparência do Governo Federal
A Associação das Prostitutas do Estado do Piauí recebeu no ano de 2016 o valor de R$ 111 mil e 100 reais como repasses do Governo Federal para aplicar em programas de conscientização à saúde. Entidades de como a Caixa Escolas do Piauí, Conselho Escolar Zacarias de Gois, Associação de Apoio a Escola do Piauí, Associação de Apoio ao Ensino Fundamental do Piauí, receberam recursos que não somam nem um terço do repassado a Associação das Prostitutas.
Na disparidade dos repasses carimbados pelo Ministério da Saúde, a Associação de Apoio ao Ensino Fundamental do Piauí recebeu apenas R$ 4 mil e 300 reais. Das entidades de apoio a educação no Estado, a que mais recebeu foi a Caixa Escolar do Piauí, que recebeu R$ 20 mil 810 reais.
Os dados estão a disposição na página da transparência do Governo Federal e causaram revolta de professores e pais de alunos nas redes sociais. Reclamam que existe mais apoio para prostituição do que para a educação.
Na justificativa do projeto que garantiu os recursos repassados para a Associação das Prostitutas, consta que a infecção pelo HIV continua sendo de grande relevância para a Saúde Pública no Brasil, que registra em média 42 mil casos por ano. Estima-se que atualmente cerca de 720 mil pessoas vivam com HIV no país, todavia 144 mil não sabem de sua condição sorológica.
Explica ainda que, segundo os últimos estudos realizados no Brasil, a taxa de prevalência da infecção pelo HIV, na população de 15 a 49 anos, mantém-se estável em 0,55% desde 2004, sendo 0,38% entre mulheres e 0,64% entre homens.
Considera ainda os casos confirmados de hepatites A no país, no período de 1999 a 2009, tendo confirmados 124.687 casos, distribuídos de forma bastante heterogênea tanto ao longo dos anos, quanto nas diferentes regiões do país.
A justificativa do projeto não diz, em momento algum, que o simples uso de preservativo já elimina a transmissão das doenças. Nem que as secretarias de saúde mantém distribuição de preservativo masculino e feminino de forma intensiva.