A categoria cobra o cumprimento de acordos já estabelecidos e diz que a greve é uma possibilidade.
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) suspenderam suas atividades por 48 horas nos dias 15 e 16 de outubro, após decisão em assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (SINTUFPI) na semana anterior. A paralisação busca garantir o cumprimento de acordos firmados previamente com o Governo Federal, que teria recuado em pontos considerados cruciais pela categoria.
A paralisação ocorre como uma forma de pressão para que o governo apresente um projeto de lei, dentro do prazo de 180 dias, contemplando as demandas acordadas após o fim da última greve. O projeto, em tramitação no Congresso, foi um compromisso firmado, mas alguns pontos importantes, como reposição de aposentados e regulamentação de novas jornadas, continuam pendentes de aprovação.
Bartolomeu Carvalho Sousa, presidente do SINTUFPI, explicou que, após negociações recentes, três reivindicações foram transferidas do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), incluindo a criação de um novo cargo e a reposição dos aposentados. "Faltam apenas quatro pontos para serem discutidos e aprovados no Congresso", afirmou Bartolomeu. Segundo ele, a greve não está descartada, mas é o último recurso.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o reposicionamento dos aposentados, a criação do cargo de auxiliar em Educação, a aceleração de progressão por capacitação, e o reconhecimento de saberes e competências adquiridos ao longo da carreira.
Se as demandas não forem atendidas no prazo estabelecido, uma nova greve poderá ser deflagrada.
