terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sindepol denuncia soltura indiscriminada de presos em Teresina

Sindepol denuncia soltura indiscriminada de presos em Teresina

De acordo com dados da polícia civil mais de 2.400 pessoas já foram presas em Teresina somente nesses primeiros oito meses de 2014. O Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de Carreira do Piauí (Sindepol) chama a atenção para o fato de que muitos criminosos perigosos estão conseguindo a liberdade cada vez mais rápido. 
O vice presidente do Sindepol, Odilo Sena, denuncia que está havendo uma soltura indiscriminada de presos. Seriam casos de flagrantes, onde os acusados são soltos em menos de uma semana. 
Ele lembra dois casos recentes ocorridos em Teresina. O do segurança Francisco Costa, surpreendido dentro de um supermercado. Odilo Sena diz que o acusado já está em liberdade. "O que atirou nele e cometeu o crime de latrocínio, foi preso pela polícia do Maranhão. Apresentado ao magistrado, ele teria sido solto porque este considerou que foi um flagrante. Foi flagrante". 
Outro caso seria de o do traficante Fabrício Renée, preso com 485kg de maconha e 30 kg de cocaína. Foi posto em liberdade e voltou a cometer crimes. "Se é culpa do Ministério Público ou do judiciário, eu não sei. O que acontece é o que a gente reclama. Nós prendemos e alguém solta".
Para que um acusado fique preso a justiça observa vários fatores: se é réu primário, se tem antecedentes criminais, endereço fixo, se está ameaçando testemunhas ou obstruindo provas. A justiça tem até 81 dias para manter um acusado preso, esse é o tempo médio para o julgamento de um processo. 
"Quando um acusado é ouvido são julgadas as circunstâncias da prisão e outros fatores. Não é juiz que solta, são as imposições legais. A justiça não pode ser responsabilizada", disse o diretor do Fórum Cívil e Criminal de Teresina, Carlos Hamilton Lima. 
Ele afirma ainda que os juízes só põe presos em liberdade dentro de circunstâncias legais. "Eles apenas cumprem a lei. Se a polícia prende, a justiça também prende. Se há equívocos na soltura, é preciso entender como se deu o processo".  

fonte cidadeverde.com
Sana Moraes 
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