Assembleia Legislativa: vitória de Fábio Novo será prova de fidelidade
A eleição do candidato do PT à Presidência da Casa será um teste para a influência do Governo.
O resultado da eleição para a escolha do próximo presidente da Assembleia Legislativa tem sido considerado decisivo pela equipe do novo governo para o sucesso da aprovação do projeto de reforma administrativa, que será encaminhado pela atual gestão àquela Casa. O governador Wellington Dias (PT) revelou que diante da crise financeira que vive o Estado, a administração tomará medidas impopulares e precisará do apoio do legislativo para a aprovação.
A eleição de Novo também já é vista como a primeira prova de fidelidade que os deputados que integram a base de Wellington darão ao novo governo. O PT teme possíveis traições já que o voto é secreto. A disputa teve peso decisivo na composição do novo secretário e definiu os espaços dos partidos. Nos bastidores, o governo tem trabalhado em busca de consolidar uma base aliada com a maioria dos 30 parlamentares que integram o plenário da Casa. Wellington conseguiu adesões importantes e teria até o momento o apoio de 17 parlamentares.
Apesar de possuir a maioria, o temor de Wellington Dias se deve à influência que o atual presidente da Assembleia e candidato à reeleição, deputado Themístocles Filho (PMDB), possui junto a alguns nomes que integram a base governista. O peemedebista já avisou que irá recorrer ao recurso do voto secreto para conseguir votos entre os aliados do petista.
O governador Wellington Dias tem evitado falar publicamente e responder aos questionamentos da imprensa sobre a disputa pela presidência da Assembleia. Mas no PT, existe uma pressão para que a atuação do governador possa ser decisiva para evitar uma derrota como a que ocorreu na eleição da Associação Piauiense dos Municípios – APPM. O candidato do PT e prefeito de Campo Maior Paulo Martins foi derrotado por Arinaldo Leal, do PSB.
