Operação: Greco explica como agia cada membro do bando preso
O delegado Menandro Pedro, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, esclareceu qual era a função de cada membro da quadrilha presa nesta quinta (21) acusada de praticar arrombamentos e assaltos em Teresina desde janeiro.
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
A investigação começou há quatro meses, quando os policiais descobriram o envolvimento do soldado Francisco José Wellington Silva Sousa, que pertence ao Batalhão de Guarda e estava lotado na penitenciária Major César. No início do processo investigatório, a polícia descobriu que o policial militar tinha envolvimento com drogas.
Segundo Menandro Pedro, foi encontrado um quilo de cocaína na casa do policial, localizada no bairro São João, zona leste de Teresina. "Wellington passou esse final de semana com a Fátima [uma das namoradas] em hotel no litoral do Estado, curtindo o final de semana com o dinheiro dos furtos qualificados. Ele usa e vende droga. Foi encontrada cocaína na residência dele", comentou o delegado em entrevista ao Jornal do Piauí.
Com permissão da Justiça, o Núcleo de Inteligência fez interceptações telefônicas entre os 11 membros presos da quadrilha. Dois deles são do Pará. Além disso, a polícia possui vídeos gravados por circuito interno de TV de residências e estabelecimentos que foram alvos da quadrilha.
Um dos vídeos mostra que no mesmo dia em que uma parte do bando conseguiu arrombar o cofre da granja União, na Piçarra, outros tentaram arrombar uma residência na zona leste. O vídeo mostra um carro passando várias vezes ao redor da casa. Depois, três aparecem a pé. Enquanto um deles arrombava o portão, outro subia no poste para tentar cortar a cerca elétrica. A cerca disparou e a ação foi abortada.
A polícia soube, ainda, que a quadrilha estava se preparando para assaltar as agências do Banco do Brasil e da Caixa, além dos Correios, em Gilbués. "Estou dizendo que nós conseguimos interceptar eles. Eles foram fazer o Banco do Brasil, a Caixa e os Correios em Gilbués. Nós fomos com três equipes. Passamos três noites acordados e aconteceu alguma coisa que eles desistiram da ação", explicou o delegado.
As funções de cada membro, segundo a polícia
Soldado Wellington - seria um dos que chefiava a quadrilha, responsável pelos contatos com assaltantes do Pará, Ceará e outros estados, além dos integrantes piauienses
Evelin Santos / Cidadeverde.com
Francisco José Wellington Silva Sousa, o soldado Wellington
Soldado Alencar - alugava para a quadrilha os rádios pertencentes à Cavalaria da Polícia Militar, onde era lotado. O aluguel custava R$ 150. Assim, o bando monitorava todo o movimento da PM, impedindo que os comparsas fossem pegos durante as ações
Reginaldo Teixeira Alencar, soldado Alencar
Bruno - trazia os integrantes de outros estados para o Piauí, conseguia local para que eles se instalassem e os carros usados nos crimes
João Sidnei - foi flagrado em escuta telefônica conversando com os comparsas sobre um assalto que pretendiam fazer
João Sidnei
Sérgio Santos - é paraense e a polícia suspeita que ele use nome falso. Serão coletadas as digitais dele para saber a verdadeira identidade
Sérgio Santos, paraense
Aluísio - já foi preso no Piauí, responde a vários processos pela instaurados pela Cico. Na casa dele foram encontradas armas e munições, possivelmente provenientes de um furto a uma loja especializada em armas e munições ano ano passado
Aluísio Rodrigues da Costa Ramos
Jairo - policiais encontraram em sua casa um botijão de gás, maçarico e equipamentos usados para arrombamento
Naiara - namorada, tem um filho com o soldado Wellington e seria cúmplice nos crimes
Naira, namorada do soldado Wellington
Maria de Fátima - com ela, na casa do soldado Wellington, foram encontrados um revólver Magnum 357 e dois veículos. Segundo a polícia, ela tinha conhecimento de todas as ações e estava adquirindo, com o dinheiro do furto, bens imóveis como apartamentos, casas e terrenos
Maria de Fátima, namorada do soldado Wellington
fonte cidadeverde.com
