JOVEM É MORTO e família acusa policial militar da Rone
VÍTIMA FOI ATINGIDA NA PORTA da casa do pai; após cair ferido, ainda levou dois tiros
A família de Adriano Silva Sousa, de 24 anos, denunciou à polícia civil que um policial do Batalhão das Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (RONE), estaria envolvido na morte do jovem. O crime aconteceu na noite deste domingo (12/04) por volta de 21h20 no bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina.
Em entrevista na TV Cidade Verde, familiares relataram que Adriano foi surpreendido na porta de casa por um homem em uma moto, que estava armado e escondia o rosto com um capacete. O rapaz foi atingido com dois tiros nas costas, e ao cair, foi alvejado mais duas vezes. Na parede casa da família há marcas de tiros e até o portão foi perfurado por balas.
Antes de morrer, Adriano contou aos familiares que o culpado seria o “Jardel da Rone”. Parentes revelam ainda que Adriano vinha sendo alvo de ameaças e que se algo acontecesse com ele seria culpa do “Jardel da Rone”. A vítima teria brigado com o irmão do policial, e segundo a família, o assassinato seria um acerto de contas.
O caso já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. Em entrevista à TV, o delegado Francisco Bareta confirmou que o inquérito no caso será aberto. Algumas cápsulas de bala foram apanhadas pela família e serão entregues à delegacia. Pelas cápsulas, a polícia suspeita de que trata-se sobre uma arma de disparo automático ou semiautomático.
O coronel Raimundo Sousa, comandante da Rone, comentou o caso ao vivo. “Recebemos esta notícia com muita tristeza, a gente se solidariza com a dor da família e queremos que nosso comandante, Coronel Carlos Augusto, possa nos ajudar a realizar diligencias para ajudar a polícia civil na investigação. Mas sabemos que a prova cabe a quem acusa”, disse o comandante.
Questionado sobre o risco de que haja corporativismo no comando, o comandante disse que não dá para desconfiar da perícia. “A polícia militar vai colaborar para que venha à tona o autor ou os autores”, afirmou. Ele completou que nenhum procedimento administrativo será aberto no momento, já que ninguém da família fez denúncia formam à corregedoria. “A competência para esta investigação é da polícia civil”, finaliza.