Centro Esportivo abandonado é usado por usuários de drogas no Dirceu
A população afirma ter medo de circular pelo Almeidão, pois temem ser vítimas de assaltos. Infraestrutura do espaço também está danificada.
O Centro Esportivo Almeidão, no bairro Dirceu I, zona Sudeste de Teresina, está totalmente abandonado e sendo utilizado como ponto para usuários de drogas. Em estado de calamidade, o espaço, que poderia ser utilizado pela comunidade e servir como incentivo para a prática esportiva, não conta com fiscalização, é aberto e está com todas as estruturas danificadas.
Muros quebrados e sujos e o mau estado das quadras são apenas alguns dos problemas (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
A população afirma ter medo de circular pelo espaço por conta do risco de assaltos e da presença dos usuários de drogas, sem contar com o forte odor de entorpecentes, que inunda todo o recinto dos banheiros e vestiários, os quais estão inutilizáveis, com pias quebradas, cheios de lixo e latinhas de drogas.
No local, há um campo, que é o menos danificado, uma quadra de areia e um ginásio poliesportivo. As portas estão destruídas, não tem mais cesta de basquete no ginásio; o suporte está depredado; a tela de proteção que deveria cobrir o espaço está totalmente comprometida e cheia de furos; os muros estão sujos; os bancos furados e deteriorados; o mato ao redor está enorme e tem lixo em todo o local.
Banheiros têm sido usados por usuários de drogas (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
A moradora da região, Maria de José, lamenta a situação e critica o descaso do Estado para com o Centro Esportivo, que poderia ser um ponto muito bem utilizado pela população da região. “Aqui é horrível, tem gente que joga bicho morto aí dentro, lixo nas calçadas. E é um espaço que poderia ser aproveitado pela gente. Aqui precisava ter uma academia aberta para os idosos, atividades para a criançada e para os jovens. Falta o poder público olhar para cá e ver que precisa de uma reforma urgente”, critica.
Ela destaca ainda o medo da população em passar pelo local, por conta do abandono e das pessoas que se aproveitam do descaso. “Aqui é tudo aberto, eles usam é para fazer coisas erradas. A gente caminha ao redor, dá a volta todinha no Centro para ir a algum lugar, porque temos medo de passar por dentro dele e ser atacada”, reclama a moradora.
(Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
Fundespi pretende reformar Almeidão ainda este ano
O Centro Esportivo Almeidão é de responsabilidade da Fundação dos Esportes do Piauí (Fundespi). Paulo Martins, que recentemente assumiu a presidência do órgão, comentou que visitou o local há 10 dias e confirma a calamidade do ambiente. De acordo com ele, há nove ocorrências de roubo no local.
“Já estamos reativando algumas coisas que estão paradas lá. Realmente, o Centro está depredado e abandonado, mas estamos tomando providências para que as coisas mudem e consigamos uma reforma”, diz.
Segundo ele, a reforma vai ser feita em parceria com a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), a fim de que, após a revitalização do espaço, atividades educativas sejam desenvolvidas no local. “Queremos fazer a reforma em conjunto para que, nos horários de contra turno, a Secretaria de Educação faça atividades para a comunidade e o local não fique parado. Esse ano ainda, vamos recuperar esse espaço”, garante o presidente.
A Fundespi está organizando o orçamento da obra de reforma e informa que mandará a solicitação após a finalização do orçamento. Ele frisa a importância de uma fiscalização policial no local. Para ele, a reforma de nada adianta sem uma fiscalização que impeça a depredação do espaço novamente.
A respeito das solicitações da população para o espaço, ele assegura que a academia aberta, para beneficiar principalmente as pessoas da terceira idade, está nos planos da reforma. “Fiquei muito preocupado porque é um espaço muito grande e de grande importância para a comunidade. Vamos recuperar e criar um plano de planejamento; até setembro, já quero que tenha algo pronto”, afirma Paulo.
