Investigação
Polícia faz buscas no Centro Religioso Flor do Campo
O local é o mesmo que a criança Francisca Alice Silva Barreto passou por um ritual de purificação.
Na manhã desta quinta-feira (5), as Polícias Civil do Piauí e do Maranhão fizeram buscas no Centro Religioso Flor do Campo, o local fica situado a 21 KM de Timon, cidade vizinha de Teresina, e foi o mesmo que a criança Francisca Alice Silva Barreto, de 10 anos de idade, passou por um "ritual de purificação", onde depois foi internada em coma, com suspeita de intoxicação, e morreu no dia 28 de abril.
As buscas foram autorizadas pela Justiça após medida da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Teresina (DPCA). Uma equipe da TV Cidade Verde acompanhou os policiais civis no local, onde foi possível observar que é um terreno aberto, onde tem um salão no centro, em que aconteciam os rituais religiosos, e uma casa no fundo, onde foram encontrados os responsáveis pela propriedade. Um morador próximo ao local disse que esse Centro Religioso é popularmente conhecido na região como “salão de macumba”.
O casal proprietário é Francisca Vieira Sales e o esposo foi identificado apenas como Ribamar. No momento que a polícia chegou ao local, eles estavam com uma criança que aparentava ter em torno de 10 anos de idade, e que foi apresentada como neta do casal. Essa mesma criança foi posteriormente conduzida para o Conselho Tutelar.
Os peritos da Polícia Civil coletaram líquido de origem desconhecida, folhas e outros objetos para análise. A parte interna do salão, onde ocorrem os rituais foi fotografada. Nesse ambiente foi possível ver alguns instrumentos de percussão e muitas imagens, algumas inclusive da Igreja Católica. Tinha também um vaso com algumas folhas secas, além de uma sala com colchonetes.
Uma imagem que chamou a atenção foi um espaço com bonecas deitadas sob ele, essa cena coincide com o depoimento que o pai da criança morta deu, onde as crianças ficavam deitadas no chão.
A polícia está investigando duas coisas distintas. A do Maranhão quer saber se o centro religioso é cenário de agressão, e para isso o casal foi levado para prestarem depoimentos no 2º Distrito Policial de Timon.
Esses depoimentos serão compartilhados com a Polícia Civil do Piauí, que apura a morte da criança, que morreu há uma semana no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), vítima de falência múltipla dos órgãos, após ficar 14 dias internada com quadro de intoxicação.
A garota passou por um "ritual de purificação", onde teve a cabeça raspada e recebeu cortes pelo corpo. A DPCA também investiga abuso sexual cometido contra a criança, onde foi confirmado, após o Conselho Tutelar ter acesso ao laudo.
No começo desta semana, a Secretaria de Segurança do Piauí informou que as investigações desse caso estão dentro dos prazos legais. A delegada responsável, Tatiana Trigueiro, confirmou que na fase dos depoimentos foram ouvidas várias testemunhas, como familiares, médicos e vizinhos da criança, e que outras pessoas ainda prestarão depoimento nos próximos dias.
A titular da DPCA informou também que as perícias técnicas estão sendo realizadas, mas que não adiantará detalhes da investigação até que todos os laudos estejam finalizados, como o relatório de toxidade do líquido que supostamente teria sido ingerido pela vítima e a autópsia, cujo prazo para conclusão é de 30 dias.
Outros casos
No mesmo dia da morte de Francisca Alice, um casal de irmãos, de 8 e 10 anos, que frequentam a mesma escola da menina que morreu, avisaram a diretora que também passavam por rituais de purificação, pois possuíam as mesmas cicatrizes pelo corpo. A denúncia aconteceu após a repercussão do caso da menina.
Imagem: Reprodução/TV Cidade Verde
Centro Religioso Flor do Campo
Centro Religioso Flor do CampoAs buscas foram autorizadas pela Justiça após medida da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Teresina (DPCA). Uma equipe da TV Cidade Verde acompanhou os policiais civis no local, onde foi possível observar que é um terreno aberto, onde tem um salão no centro, em que aconteciam os rituais religiosos, e uma casa no fundo, onde foram encontrados os responsáveis pela propriedade. Um morador próximo ao local disse que esse Centro Religioso é popularmente conhecido na região como “salão de macumba”.
O casal proprietário é Francisca Vieira Sales e o esposo foi identificado apenas como Ribamar. No momento que a polícia chegou ao local, eles estavam com uma criança que aparentava ter em torno de 10 anos de idade, e que foi apresentada como neta do casal. Essa mesma criança foi posteriormente conduzida para o Conselho Tutelar.
Os peritos da Polícia Civil coletaram líquido de origem desconhecida, folhas e outros objetos para análise. A parte interna do salão, onde ocorrem os rituais foi fotografada. Nesse ambiente foi possível ver alguns instrumentos de percussão e muitas imagens, algumas inclusive da Igreja Católica. Tinha também um vaso com algumas folhas secas, além de uma sala com colchonetes.
Uma imagem que chamou a atenção foi um espaço com bonecas deitadas sob ele, essa cena coincide com o depoimento que o pai da criança morta deu, onde as crianças ficavam deitadas no chão.
Imagem: Reprodução/TV Cidade Verde
Bonecas encontradas no Centro Religioso Flor do Campo
Bonecas encontradas no Centro Religioso Flor do CampoA polícia está investigando duas coisas distintas. A do Maranhão quer saber se o centro religioso é cenário de agressão, e para isso o casal foi levado para prestarem depoimentos no 2º Distrito Policial de Timon.
Esses depoimentos serão compartilhados com a Polícia Civil do Piauí, que apura a morte da criança, que morreu há uma semana no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), vítima de falência múltipla dos órgãos, após ficar 14 dias internada com quadro de intoxicação.
A garota passou por um "ritual de purificação", onde teve a cabeça raspada e recebeu cortes pelo corpo. A DPCA também investiga abuso sexual cometido contra a criança, onde foi confirmado, após o Conselho Tutelar ter acesso ao laudo.
No começo desta semana, a Secretaria de Segurança do Piauí informou que as investigações desse caso estão dentro dos prazos legais. A delegada responsável, Tatiana Trigueiro, confirmou que na fase dos depoimentos foram ouvidas várias testemunhas, como familiares, médicos e vizinhos da criança, e que outras pessoas ainda prestarão depoimento nos próximos dias.
A titular da DPCA informou também que as perícias técnicas estão sendo realizadas, mas que não adiantará detalhes da investigação até que todos os laudos estejam finalizados, como o relatório de toxidade do líquido que supostamente teria sido ingerido pela vítima e a autópsia, cujo prazo para conclusão é de 30 dias.
Outros casos
No mesmo dia da morte de Francisca Alice, um casal de irmãos, de 8 e 10 anos, que frequentam a mesma escola da menina que morreu, avisaram a diretora que também passavam por rituais de purificação, pois possuíam as mesmas cicatrizes pelo corpo. A denúncia aconteceu após a repercussão do caso da menina.
